Com apenas oito dias de nascido, Klysnei Alexsander da Fonsêca Barros tem travado uma batalha intensa pela sua vida. Diagnosticado com uma rara síndrome que atinge o lado esquerdo de seu coração desde o ventre da mãe, o pequeno guerreiro espera apenas por uma vaga para realização de uma cirurgia de urgência.
O pai da criança, Alexsandro Barros, explica que o filho foi diagnosticado com a Síndrome de Hipoplasia do Coração Esquerdo (SHCE), antes mesmo de nascer. A delicada condição que é bastante rara e ocorre em cerca de um a cada cinco mil bebês nascidos vivos, faz com que o lado esquerdo do coração não se desenvolva adequadamente enquanto o bebê está no útero da mãe. A doença fará ainda com que ele passe por várias e periódicas cirurgias corretivas durante toda a vida.
Contudo, neste momento, o bebê precisa ser operado com urgência, correndo risco de morte. Em Alagoas, porém, não há médicos e hospitais especializados para fazer o procedimento. Por esta razão, a família recorreu à justiça, e mesmo em posse de duas liminares, uma emitida pelo Ministério Público Estadual (MPE-AL) e outra pela Defensoria Pública do Estado (Dpeal), que determinam a internação e realização do procedimento no Hospital Real Português, que fica em Recife, ainda não conseguiu viabilizar o procedimento.
À reportagem do Alagoas24Horas, Alexsandro Barros explicou que a direção do Hospital pernambucano alega não haver vagas disponíveis, tanto para atendimentos pelo SUS, por convênios ou particular, e que a criança deve esperar na fila de vagas.
O bebê que está internado na UTI Neonatal da Maternidade Escola Santa Mônica, referência no estado em gestações de médio e alto risco, mas que não tem especialidade em pacientes cardíacos, desde o nascimento, deve seguir assim até o aval para transferência. Atualmente seu estado clínico é considerado estável. “Nós temos plano de saúde, ele está lutando ao nosso lado. Nós já temos uma UTI aérea paga para a transferência dele até Recife. A Justiça já emitiu as liminares, mas nós não estamos conseguindo fazer com que elas sejam cumpridas. Meu filho pode morrer sem a cirurgia. Não sabemos mais o que fazer”, falou o pai em tom de apelo.
O pai, que está se mobilizando também por meio das redes sociais, disse ainda que já havia entrado em contato com médicos da instituição que já realizaram procedimentos semelhantes anteriormente, mas que depois de um tempo não conseguiu mais contato com eles, e que, neste momento, o que mais interessa é realizar a cirurgia do filho e por isso pede auxílio a quem puder ajudá-lo a viabilizar a cirurgia naquele ou em outro hospital capacitado à atender o caso. Caso alguém tenha interesse em ajudar o contato da família é: (82) 9.8884-4991.
O Alagoas24Horas tentou ainda contato com as assessorias do MPE-AL e Hospital Real Português (PE), mas não obteve sucesso.