Um médico, que não teve a identidade divulgada, foi denunciado por uma paciente de um hospital particular de Maceió na última sexta-feira (06) por abuso sexual. O Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal) irá apurar o caso que ganhou repercussão após uma amiga da vítima denunciar a situação nas redes sociais durante o final de semana.
No relato, que cria nomes fictícios para paciente e médico, a vítima diz ter procurado a emergência da unidade de saúde por estar sentido ardor ao urinar. Ao ser atendida pelo médico, ele teria pedido para fazer um exame no local, o que foi questionado por ela. Mesmo não estando muito convencida, a paciente deitou na maca para que o procedimento fosse feito.
“Joana achou estranha a solicitação, o fato de não haver maca apropriada, nem bata, nem luvas ou equipamentos na sala”.
Dizia o relato, que continuou:
“João tirou uma luva de dentro da sua própria bolsa e, sem nenhuma delicadeza, enfiou o dedo médio na vagina de Joana. Enfiou e tirou o seu dedo umas quatro vezes e disse que se ela ficasse excitada era normal, se ela gozasse era normal. Você chegou lá?, perguntou João masturbando Joana e apertando o seu abdômen contra a maca”.
Investigação
O Cremal, por meio de sua assessoria, informou que após a formalização da denúncia, o procedimento padrão é a abertura de uma sindicância que ouvirá as partes, denunciante e denunciado.
Neste processo, que não tem prazo estipulado para ser concluído, também poderão ser ouvidas possíveis testemunhas e avaliadas provas que a vítima possa ter. Caso sejam encontradas evidências, um processo deve ser instaurado contra o profissional.
Se comprovado o abuso, o médico poderá sofrer sanções que vão de advertência, passando por suspensão por prazo determinado, até cassação do registro profissional (CRM).
Inicialmente, o hospital onde teria acontecido o abuso, não deve ser responsabilizado.