Guilherme Winter, 39, que interpreta o traidor Judas Iscariotes na novela “Jesus”, da Record, contou que tem se desafiado com seu personagem. Responsável por viver um dos antagonistas da novela, Winter revelou que teve de se preparar lendo livros, textos e até a Bíblia para o papel.
“É um personagem muito rico, muito controverso e cheio de facetas. Também é inteligente e articulado, sempre um passo à frente”, contou o ator.
Winter afirmou que o desafio da interpretação tem instigado ele a fazer um trabalho completamente diferente de tudo o que já fez. “Estou adorando. Judas é um símbolo de traição e praticamente o diabo, mas estou me divertindo muito porque existe muita possibilidade de criação em cima desse personagem.”
A temática religiosa já é comum na carreira de Winter, apesar de ele não seguir nenhuma religião. Segundo ele, o que o atrai no assunto são as histórias e temáticas de época. Moisés, um dos papéis que ele lembra com mais carinho, foi também um dos que mais contribuíram para a sua carreira. Ele interpretou o protagonista na novela “Os Dez Mandamentos” em 2015, também na Record.
Os trabalhos internacionais também foram importantes. Ele já esteve na peça argentina “Fuerza Bruta” e no longa, também argentino, “Desearás Al Hombre de Tu Hermana”, disponível na Netflix.
Sobre o filme, que foi o primeiro de sua carreira, ele avaliou a experiência como extremamente positiva. “Sou super fã do cinema argentino, especialmente dos roteiros. Fui morrendo de medo, com frio na barriga, porque [o espanhol] não era uma língua que eu dominava”, conta.
O sucesso é tamanho no país que Winter chegou a ser convidado para fazer uma novela por lá, mas teve de recusar por conta das gravações no Brasil. Paulistano, Winter começou a trabalhar aos 17 anos fora do meio artístico e só foi ter sua primeira oportunidade de papel em 2006, com “Cobras e Lagartos”.
Depois esteve em “Malhação” (2007), “Ti Ti Ti” (2010), “Cheias de Charme” (2012), “Dança dos Famosos” (2011) e viveu Gideon em “Milagres de Jesus” (2015). “TV é muito legal de fazer, mas é exaustivo. É muito tempo de gravação, muitas horas por dia. É uma obra aberta que você não sabe quando vai terminar”, conta Winter.
Ele revela a preferência: “Já o cinema é uma obra fechada, tem um roteiro. É mais artístico e autoral”.