A alagoana Cléa Fernanda Máximo da Silva, acusada de assassinar o advogado italiano Carlo Cicchelli, contou detalhes do crime e informou que o homicídio aconteceu em um ritual de magia negra.
De acordo com informações da delegada Rosimeire Vieira, responsável pelas investigações, em depoimento, a acusada explicou que aproveitou a oportunidade e cometeu o assassinato.
“Segundo ela, Carlo estava deitado e era um momento em que ele queria fazer um ritual de magia negra. Cléa disse que ele pretendia fazer isto (ritual) e ela aproveitou a oportunidade. A acusada falou, inclusive, que ele pediu para ela fazer isso. Parece ainda que ele tava amarrado ou ela o amarrou. É um pouco estranha a declaração, mas são pontos que serão esclarecidos”, disse a delegada à TV Ponta Verde.
Ainda em depoimento, Cléa Fernanda ressaltou que sofria violência doméstica e o crime foi a única forma de se livrar do acusado. “Hoje tive a oportunidade de reinquiri-la e Cléa demonstrou que agiu em um momento de muita fúria. Segundo ela, durante o período em que se relacionou com o italiano, foi vítima de diversos tipos de violência, tanto psicológica quanto física. Naquele momento, no dia 26 de setembro, tinha sido alvo de mais uma violência física e agiu impelida por tudo aquilo que tinha vivenciado. Ali, viu uma forma de se livrar das ameaças constantes. Ela também disse que Carlo fazia ameaças a seus familiares”, contou a delegada Rosimeire.
Sobre a possibilidade da participação do filho de Cléa Fernanda no crime, a acusada informou que seu filho, um adolescente de 14 anos, não estava na casa no momento do crime, mas continuou morando no local mesmo com o corpo embrulhado em saco plástico, que foi deixado em uma varanda. “Ela insiste em dizer que agiu sozinha. Disse ainda que o adolescente não estava na residência no momento do crime, mas ele convivia com ela na casa após o caso. A informação que ela prestou a família e ao filho foi de que Carlo teria partido e retornado para Itália. Para disfarçar o odor do corpo, ela usava alguns produtos químicos e dizia que o cheiro forte era do lixo”.
A delegada afirmou que vizinhos e familiares da acusada serão convocados para prestar alguns esclarecimentos. “O fato depende ainda de investigação para que a gente possa esclarecer realmente o que houve e se existe procedência em todas as informações que ela prestou. Para isto, teremos que ouvir vizinhos para entender também se ela agiu sozinha e foi a única responsável por esconder o corpo na residência”.
Cléa Fernanda relatou que já tinha a intenção de confessar o crime e de se entregar à polícia. Por conta disto, não se esforçou em se livrar do corpo.