A Polícia Civil de Alagoas instaurou procedimento investigatório para apurar o conteúdo de um vídeo que mostra um candidato ao Senado Federal, coronel Brito, agredindo com um tapa no rosto de uma eleitora dentro do colégio eleitoral, em Maceió. (Veja o vídeo ao final do texto)
Uma portaria assinada pelo Delegado-geral da PC/AL, Carlos Reis, determina a “incontinente instauração de procedimento investigatório, colimando-se o persecutio criminis”. Ela foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) na edição desta terça-feira, 7. A portaria designa ainda a delegada Fabiana Leão Ferreira para em caráter especial acompanhar as investigações.
A agressão foi registrada no último domingo (5) e logo ganhou repercussão nas redes sociais por meio da circulação de um vídeo. Nele, Marta Celeste de Oliveira Mesquita é agredida com um tapa no rosto.
Tudo teria ocorrido porque o agressor – coronel reformado da Polícia Militar de Alagoas e candidato ao Senado Federal, Marcos Antônio Brito – teria passado na frente de eleitores para votar. Segundo a vítima, os eleitores teriam começado a vaiar o candidato que teria saído e chamado militares para possivelmente intimidá-los.
A agressão, segundo o vídeo, ocorreu na presença dos policiais militares. A presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL), Elizabeth Carvalho, decretou a prisão preventiva do candidato. Ele ainda permanece foragido da justiça. Agora o caso deixou de ser eleitoral e passou para a esfera criminal.
O presidente do Conselho de Segurança Pública (Conseg), juiz Maurício Breda, considerou – em entrevista à TV Gazeta – a posição do coronel e dos militares como inaceitável. Ele ainda destacou que será investigada a denúncia de que o coronel estaria com seguranças à paisana. Segundo Breda, a utilização de segurança tem que ser solicitada ao Conseg e isso se caracteriza como desobediência.