No próximo domingo, 04 de outubro, é comemorado o aniversário de 514 anos de descobrimento do rio São Francisco. Carinhosamente apelidado de Velho Chico, o Rio São Francisco é protagonista na vida de muitos brasileiros. São tantas histórias que permeiam São Francisco que navegar por ele é como passear pela história do Brasil. Suas águas passam por cinco estados; além de Minas Gerais, o rio banha as terras de Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe até desaguar no Oceano Atlântico.
No município de Piaçabuçu, em Alagoas, o pescador Antônio Amorim, presidente da Colônia de Pescadores Z 19, fala com orgulho da profissão herdada do pai. É da pesca praticada na região que ele retira o sustento da sua família. “Eu tenho mais de 25 anos que a minha vida é pescar desse rio. Hoje aqui a gente retira o nosso sustento é do Rio São Francisco”, conta emocionado.
O São Francisco também é responsável pela sobrevivência de agricultores familiares dos perímetros irrigados da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). As águas do Velho Chico contribuem para a irrigação da produção agrícola desses produtores.
“Meu destino é continuar aqui. Eu nunca pretendo sair da região. Minha vida hoje é destinada ao projeto Salitre”, relata o agricultor do Salitre José dos Santos Ribeiro, que dedicou toda a vida a produção de frutas no projeto.
A construção de sistemas de esgotamento sanitário reduz o despejo de esgoto direto no rio, melhora as condições sanitárias locais e contribui para a conservação dos recursos naturais e a eliminação de focos de poluição.
Carlos Brasil Guadalupe, morador do município de Lagoa da Prata, no Alto São Francisco está feliz com o sistema construído pela Codevasf.“A qualidade da água da Lagoa vai mudar sensivelmente porque o esgoto de 50 mil pessoas parou de cair na Lagoa, isso vai ser um exemplo para todo Alto São Francisco e até para o São Francisco todo”, conta.
Para preservar e revitalizar o rio, a Codevasf tem realizado uma série de ações como a recuperação e o controle de processos erosivos e a implantação de sistemas públicos de coleta, tratamento e destinação final de resíduos sólidos. “Com a melhoria da qualidade da água, com a despoluição do rio, a vida passa a brotar fazendo com que haja uma sustentabilidade para toda a população que vive do rio”, explica o diretor da Área de Revitalização de Bacias Hidrográficas da Codevasf, Eduardo Motta.