Pelo menos oito pessoas ficaram feridas por ataque de piranhas em uma ‘prainha’ em Populina (SP), no interior de São Paulo. As prainhas são as principais opções de lazer para milhares de turistas, principalmente nesta época do ano. Havia cinco anos não eram registrados acidentes deste tipo no noroeste paulista.
Para tentar evitar novos ataques, a prefeitura de Populina colocou placas de alerta nas margens do rio Grande. A notícia afastou turistas e, os que ainda vão ao local, preferem ficar fora d’água.
Um grupo de amigos ficou com medo ao saber dos ataques de piranhas. O funcionário público Elquides Gonçalves Júnior diz estar assustado. “Assusta porque a gente até costumava entrar na prainha, desta vez não entramos. Só ficamos pescando em um lugar mais seguro mesmo”, afirma.
O operador de empilhadeira Juraci de Souza foi até a prainha para passar as festas de fim de ano e foi atacado quando saía da água. Ele conta que estava na água e quando foi nadar para a parte mais rasa sentiu uma fisgada. Quando já estava na areia viu que sangrava muito e que tinha sido atacado por uma piranha. “Foi um grande susto, não imaginei que isso poderia acontecer. Ainda bem que foi apenas uma piranha, se fosse um cardume poderia ser pior”, afirma.
De acordo com o biólogo Bruno Benhocci os peixes que atacaram os banhistas são da espécie conhecida como “pirambeba” ou “piranha branca”. Ele afirma que os ataques podem ter ligação com a baixa no nível do rio por causa da seca dos últimos anos e a escassez de alimentos. “Na falta do ecossistema, na falta da cadeia alimentar, elas procuram os mais próximos, então quando há movimentação as piranhas não conseguem detectar se é um dedo ou se é um peixe, apenas estão em busca do alimento”, diz.