Animação e muito arrasta pé marcaram o 23º São João Beleza, na tarde desta quinta-feira (16), no pátio do Hospital Escola Portugal Ramalho.
A festa começou com a apresentação da quadrilha junina. Puxada pelo casal de noivos, os doze casais embalaram convidados e servidores com as coreografias juninas.
Na metade da apresentação, houve uma pausa para o tradicional casamento matuto, que teve a participação, além do padre e dos noivos, dos pais dos noivos e delegado, que garantiu que o noivo não desistisse de casar.
Selma Maria dos Santos é tia da noiva da quadrilha, Laisla, e recebeu das mãos da sobrinha o buquê. “A gente que é parente fica muito feliz em ver a felicidade dela e a integração com os colegas. Festas como esta que o hospital realiza só faz ajudar todo os pacientes a evoluir com o tratamento. Fiquei ainda mais feliz porque ela me deu o buquê”, disse a Selma, emocionada.
Empolgada, a noiva da quadrilha, Laisla, disse o que mais gostou na festa. “Estou muito feliz. E o que mais achei importante na quadrilha fui eu, que sou a noiva. E a noiva é a principal”, disse.
Entre os doze casais que formaram a quadrilha junina estavam o diretor-geral do Hospital Escola Portugal Ramalho, o psiquiatra Audênis Peixoto, e a diretora médica, Vania Fontan. Para Audênis Peixoto, a festa junina, além de ser um momento de lazer, também é uma atividade terapêutica para os pacientes.
“Nós gostamos muito de festa junina e para os nossos pacientes ela tem um significado ainda mais especial. Eles se sentem valorizados, interagem com suas famílias e aprendem a viver em sociedade, o que é muito importante para quando tiverem alta e voltarem para casa”, disse o psiquiatra.
O psicólogo, coordenador do setor de Recreação e organizador do evento, João Neto, comemorou mais um ano da festa junina e destacou a importância das atividades festivas para os pacientes.
“A gente faz tudo com muito carinho. Reformamos as roupas, decoramos o hospital e passamos um mês ensaiando a apresentação. Os pacientes gostam muito e se envolvem. Além de ajudar no tratamento, a gente mostra para a sociedade que eles são pacientes psiquiátricos, uma especialidade como outra qualquer, sem distinção”, disse João Neto.
A quadrilha foi embalada por muito forró, que seguiu pelo resto da tarde. Após as apresentações, um lanche com comidas típicas foi servido para pacientes, familiares e servidores.
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