Bispo Filho
Bispo Filho é Administrador de Empresas e Estudante de Jornalismo.
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As aulas voltaram finalmente, para alguns e “que saco”, para outros adolescentes e jovens, mas é sempre um momento de esperança de renovação de reencontros e de histórias para contar aos amigos.
As aulas representam o compromisso destes, e o início de uma rotina de responsabilidades, de aprendizado de alegrias e tristezas, de vitórias e frustrações, fazendo com que adolescentes e jovens tenham que viver intensamente todos os dias.
A volta às aulas tem um significado diferente para os pais, trazem consigo despesas de material escolar, uniformes, mensalidades, levar e buscar todos os dias ou mais a despesa de transporte escolar.
Tudo pelo bem estar e pela garantia, de um bom futuro dos filhos, e também proporciona momentos de tranquilidade, meus filhos estão seguros por um período, sob a responsabilidade da escola.
A escola vive um momento de alegria, ansiedade e esperança, está novamente cheia, após um período sem ouvir a algazarra dos alunos quando chegam, no recreio e na saída, e o silêncio das aulas em salas fechadas.
Já observaram como é viva e linda uma escola?
Independentemente do tipo, pública ou privada, pequena ou grande, para pequenos ou uma universidade.
E justamente pelo fato da escola ser viva, ela é alegre quando as pessoas que lá convivem estão alegres, e sofre quando as mesmas sofrem.
E no ambiente escolar também há riscos, que precisam ser evitados, reduzidos ou prevenidos.
E nestes riscos existe um silencioso, que poucos admitem que é o uso e abuso de drogas, sim este existe e é maior, que se pensa.
A grande maioria das pessoas, conhecem e tem contato com drogas pela primeira vez em ambientes considerados seguros, como na própria casa e escolas.
O álcool e o tabaco, geralmente são apresentados muito precocemente pelos pais em casa, e as outras drogas na escola, pelos amigos com que divide o ambiente escolar.
Os pais e responsáveis legais pelos adolescente e jovens, tem o cuidado de verificar adequadamente o local onde vão estudar?
Com certeza não permitiriam que seus filhos estudassem em uma escola sem o alvará do corpo de bombeiros, que evita e previne incêndios e acidentes, mas verificaram se existe um programa de prevenção ao uso de drogas ou algo do tipo?
Ou ainda acreditam que não existe este risco na escola.
Será que as escolas estão preparadas, para estes tempos onde as redes sociais funcionam tanto positivamente como negativamente no ambiente escolar, e que não há mais traficantes nas portas, e sim dentro das salas de aula, são alunos que para sustentarem seus vícios ou por um ganho financeiro fazem o trabalho sujo do traficante na escola.
Estão cientes do que fazer com o problema, de como evitar, de como proteger nossos filhos?
Afinal, os pais no trabalho ou em casa ficam tranquilos porque para eles seus filhos estão seguros na escola, estão?
A sociedade precisa se mobilizar, para exigir políticas públicas de prevenção ao uso e abuso de drogas em nossa sociedade, e principalmente nas escolas, pois em pleno 2019, a maioria das escolas nega o problema, ou não faz a menor ideia de como lidar com esta problemática.
E isto precisa mudar urgentemente.
DANILO DELLA JUSTINA
Psicólogo CRP 15/2070
Doutorando em Psicologia Social