De 6 a 9 de setembro a Praça da Faculdade, no bairro do Prado em Maceió, recebe a 17ª Feira da Reforma Agrária, comercializando produtos saudáveis vindos dos assentamentos e acampamentos de toda Alagoas. Para mais esta edição da Feira que já se enraizou no calendário da capital, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) traz cerca de 150 agricultores e pretende superar o volume de vendas da última edição.
Para Débora Nunes, da coordenação nacional do MST, “é na Feira a oportunidade de a população da cidade conferir de perto a produtividade das áreas de Reforma Agrária, nossos artesanatos, culinária e culturas”. Para ela, esta é uma ferramenta de diálogo importante que pode ajudar a combater a imagem ora vigente de que Sem Terra está ligado a conflito, agitação.
“Sentindo os cheiros, cores e sabores da produção vinda dos assentamentos e acampamentos, o cidadão pode enxergar que tudo aquilo que empreendemos, sejam marchas, bloqueios de estradas, ocupações de latifúndios, tem um sentido de lutar para conquistar uma alternativa de desenvolvimento. O que está aqui, é fruto daquelas lutas”, conclui a militante.
A Feira já está funcionando a todo vapor, com comercialização de produtos da Reforma Agrária, cultivados segundo os preceitos de uma transição à agroecologia. Os preços são abaixo da média da cidade, pois, com a eliminação da figura do atravessador, a venda direta entre produtor e famílias consumidoras significa mais rentabilidade para ambas as partes.
A programação conta com um arsenal de atividades na praça central da Feira, onde se concentram os restaurantes de culinária camponesa. Ali, os visitantes também encontram a Tenda de Educação Popular em Saúde, com atendimentos gratuitos e debates, bem como exposições sobre os empreendimentos produtivos de sucesso organizados pelos trabalhadores rurais.
No palco, um Festival de Cultura Popular recheado de atrações faz a festa de feirantes e moradores de Maceió, todos os dias de Feira, sempre a partir das 17 horas. A cerimônia de abertura está marcada para esta terça-feira (06), às 18h, com a presença de sindicatos, militantes sociais e autoridades.