O funcionário de uma maternidade localizada no bairro do Poço denunciou um caso de falsidade ideológica cometido por uma paciente. Uma mulher identificada como Cristiana dos Santos deu entrada na maternidade na segunda-feira (5) para dar a luz, mas na hora do cadastro, apresentou documentos no nome de Rosilene dos Santos. Segundo conselheiras tutelares da Segunda Região – que abrange do Centro ao Pontal da Barra – a acusada teria apresentado uma cópia do verso do Registro Geral (RG) e uma ultrassonografia também no nome de Rosineide, datada de 18 de agosto.
Nesta quinta-feira, 8, um funcionário – que conhece uma das acusadas – descobriu a farsa e informou o problema ao hospital. “A Cristiana veio ter o bebê usando a documentação da acompanhante, Rosilene. O hospital nos acionou e a gente imediatamente chamou a Polícia Militar porque se trata de um caso de falsidade ideológica. No entanto para conduzi-las à Delegacia precisamos de prova. E a prova é o prontuário médico que o hospital não pode fornecer”, disse a conselheira Ruth Moura.
O pai da criança esteve no hospital hoje, quando mãe e bebê receberam alta médica e foi pego de surpresa. “O pai disse que não sabia dessa trama da mãe querendo dar o filho. A suspeita é que tenha apresentado falsa documentação para entregar o filho à Rosineide, sem passar pelos meios legais de adoção”, desconfia a conselheira.
O Conselho entrou em contato com o juizado da Infância e Juventude e foi orientado pela assessoria do juiz a encaminhar as duas mulheres e um funcionários da maternidade à Central de Flagrantes, com o apoio do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM).
Até o momento não há definição sobre o destino do bebê. O pai da criança não retornou para buscar o menino, portanto, também será chamado para prestar depoimento.