A coordenação da campanha do candidato tucano Rui Palmeira à Prefeitura de Maceió entrou com uma ação na Justiça Eleitoral contra o candidato Cícero Almeida (PMDB) e o governador do Estado sob a acusação de utilização da máquina pública para a campanha eleitoral de 2016. A ação foi impetrada na última segunda-feira, 12, na 2ª Zona Eleitoral de Maceió.
Na manhã desta quarta-feira, 14, o chefe do Comitê de Campanha de Palmeira, Ricardo Wanderley, concedeu entrevista coletiva onde alegou que há uma campanha “injusta” onde o candidato Cícero Almeida vem aproveitando a estrutura do Estado para “ganhar o pleito”. “Um exemplo disso é o prefeito e candidato Rui Palmeira que só vem usando o guia eleitoral gratuito da televisão enquanto o candidato do governo vem usando além do guia gratuito o espaço pago e campanhas do governador”, disparou.
Na representação, a Coordenação da campanha de Rui acusa a Comitê de Almeida de abuso de poder político e econômico, participação de servidores comissionados em horário de expediente na campanha e a participação do governador e recursos do Estado na disputa.
Além de Almeida, de acordo com Wanderley, a ação também representa contra o governador Renan Filho, o candidato a vice-prefeito Galba Novaes e a assessora especial do gabinete do Governador, Janaína Braga, que “estaria atuando em dia útil na campanha em prol de Cícero Almeida”.
O Comitê pede na justiça a suspensão imediata das veiculações das propagandas; que o Estado de Alagoas se abstenha da prática de qualquer ato que possam desequilibrar o pleito; e que todas as proibições expostas aos pré-candidatos ao pleito municipal também se aplique ao governo do Estado.
Foi apresentado – ainda – um vídeo fazendo o paralelo entre o que é exibido na campanha de Cícero Almeida e o que é exibido no vídeo institucional do Governo do Estado e imagens da assessora especial Janaina acompanhando o candidato em entrevistas a rádios, segundo Wanderley, durante o horário de expediente no governo.
“Temos muitas outras fotografias que comprovam que a servidora vem fazendo campanha e elas foram postadas no Facebook e só reforçam a denúncia”, destacou.
Em nota, a assessoria de comunicação do candidato Cícero Almeida disse que a ação impetrada pelo adversário político não possui fundamentação jurídica.
“Esta é uma ação natimorta, sem nenhuma fundamentação jurídica. É fruto do desespero político da campanha do Rui, que se usa de factoides porque vê claramente que vai perder as eleições em Maceió”, diz a nota.
A assessoria jurídica informou ainda que irá tomar as medidas cabíveis contra os autores da ação e que está preparada para ações desleais da campanha de Rui Palmeira.