Brigada Militar impediu entrada de imprensa e eleitores na hora do voto.
A ex-presidente Dilma Rousseff votou em Porto Alegre na tarde deste domingo (2) na Escola Santos Dumont, na Vila Assunção, Zona Sul. Na chegada dela ao local, pouco depois das 13h, houve um tumulto, controlado pouco tempo depois. Acompanhe a cobertura completa em tempo real.
O candidato a prefeito da capital pelo PT, Raul Pont, a acompanhou, assim como o ex-ministro Miguel Rosseto e o deputado federal Henrique Fontana.
Desde cedo, apoiadores de Dilma começaram a se reunir em frente à escola. Viaturas da Brigada Militar foram até o local para reforçar a segurança. Quando a ex-presidente chegou, a multidão a cercou. Simpatizantes fizeram selfies e entregaram flores para ela. Alguns militantes gritavam: “Fora, Temer” e “Dilma guerreira”.
Antes de entrar na escola, Dilma disse que essa eleição “vai surpreender”.
Em meio à aglomeração de pessoas, um princípio de tumulto se armou. A imprensa não foi liberada para entrar na escola e acompanhar a votação. Alguns eleitores também acabaram barrados, e um empurra-empurra começou. Um vidro da janela da entrada foi quebrado.
No momento da confusão, Miguel Rossetto tentou dialogar com policiais, e reclamou da ação. “Foi um absurdo, um escândalo, empurram várias pessoas”, relatou.
“Por isso que fizemos essa barragem aqui na entrada do colégio, para evitar o tumulto maior. Inclusive quebraram a porta do colégio, imagina se tivessem entrado?”, argumentou o juiz eleitoral Nilton Carpes da Silva, que tomou a decisão de impedir a entrada na hora da votação de Dilma.
Mais cedo, Dilma andou de bicicleta, como de costume. No começo de setembro, após o impeachment, a ex-presidente passou a morar em Porto Alegre, onde vive parte da família dela.