“Fico muito feliz em poder representar a Sônia neste momento, pois ela nos orgulha enormemente”, disse Maeve, que também atua em Aquarius, para a repórter Maria Carolina Pinã, da RFI. “Sônia é um ícone do cinema nacional, ela é a maior estrela do cinema brasileiro. Assustadoramente, essa atriz estupenda ficou 18 anos sem ter um papel do seu tamanho”, acrescenta.
Maeve Jinkings também ressalta a importância do prêmio francês, no momento em queAquarius acabou de sair nas telas francesas. “A França é um país que ama o cinema e que inspira os cinéfilos, por isso para a gente é muito importante este prêmio neste momento, quando o filme está começando a carreira comercial aqui”, declarou a atriz.
Ela também falou sobre os avanços do cinema em vários polos pelo país nos últimos anos. Para Maeve, são vários polos, não só o de Pernambuco, considerado por vários críticos como um núcleo do cinema autoral. “Tem o cinema de Fortaleza, de Minas”, diz.
“Governos de Lula e Dilma incentivaram pluralidade cultural”
“Isso é resultado de políticas culturais de governos progressistas como o de Lula e de Dilma, com os ministérios de Gilberto Gil, de Juca Ferreira, que se preocuparam com uma coisa muito importante – diversidade. Pluralidade. Num país continental como o Brasil, tão gigante, com tantos sotaques, com tantas formas de existir, como pequenos países em um, a gente não pode ter a produção audiovisual ou cultural concentrada em um eixo só”, falou.
Maeve Jinkings nasceu em Brasília em 1975, cresceu em Belém do Pará, onde se formou em Comunicação social. Depois estudou teatro no prestigiado CPT (Centro de Pesquisa Teatral) do diretor Antunes Filho, em São Paulo. Ela também estou na EAD-USP. Em 2010, Maeve atuou em “O Som Ao Redor”, primeiro longa de Kléber Mendonça Filho.