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Indicador de investimentos aponta recuo em agosto, diz Ipea

Retração da Formação Bruta de Capital Fixo foi de 2,8%. No acumulado do ano até agosto, índice acumula alta de 1,4%.

Ilustração

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O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede o quanto as empresas aumentaram os seus bens de capital, aponta contração de 2,8% nos investimentos na comparação com julho, na série com ajuste sazonal. É o segundo recuo consecutivo do indicador mensal de investimentos, após crescimento expressivo verificado em junho, quando houve alta de 8,2%. O indicador acumula nos oito primeiros meses do ano crescimento de 1,4%.

O indicador mede o quanto as empresas aumentaram os seus bens de capital, ou seja, aqueles bens que servem para produzir outros bens. São basicamente máquinas, equipamentos e material de construção. Ele é importante porque indica se a capacidade de produção do país está crescendo e também se os empresários estão confiantes no futuro.

O indicador é ainda considerado uma prévia da atualização do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais (SCNT) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cujo dado para o terceiro trimestre será divulgado no final de novembro. A Formação Bruta de Capital Fixo é calculada trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na divulgação do PIB do 2º trimestre, a Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 0,4%. 

De acordo com o Ipea, na média do trimestre terminado em agosto, os investimentos contraíram 0,4%, na comparação com a média do trimestre anterior (março, abril e maio). O resultado sucedeu aumentos de 2,5% e 0,3% nos trimestres móveis terminados em junho e julho, respectivamente.

A queda do indicador em agosto foi resultado do mau desempenho dos dois componentes do índice. Embora a produção doméstica de bens de capital, medida na Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF), do IBGE, tenha avançado 0,4% em agosto, o consumo aparente de máquinas e equipamentos (Came) apresentou recuo de 2,5%. O Came corresponde à produção industrial doméstica acrescida das importações e diminuída das exportações. Pelo lado do comércio exterior, as exportações caíram 0,7% e o volume de importações de bens de capital foi o grande destaque negativo do resultado de agosto, registrando forte queda de 14,6%.

Já o indicador de construção civil retraiu-se pelo terceiro mês consecutivo, em 3,8%, frente ao mês anterior, ainda na comparação com ajuste sazonal. No ano, a atividade acumula perda de 5,1%.