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Central de Transplantes de AL registra mais uma doação de múltiplos órgãos

Sesau

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A luta pela vida alcançou mais uma vitória nesta terça-feira (11). Isso porque, a Central de Transplantes de Alagoas conseguiu mais um feito raro: uma doação de múltiplos órgãos, beneficiando cinco pacientes de uma só vez.

A doação partiu de um paciente de 43 anos, internado no Hospital Geral do Estado (HGE), que teve morte encefálica e a família autorizou a doação. Com isso, foram retiradas as duas córneas, os dois rins – que foram doados para pacientes de Alagoas –, além do fígado, levado para Recife, em Pernambuco.

Para isso, a Central de Transplantes de Alagoas acionou a Força Aérea Brasileira (FAB), instituição responsável pelo transporte de órgãos humanos para doação. Durante a madrugada, o órgão captado partiu do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, em Maceió, com destino a capital pernambucana, atendendo protocolo do Ministério da Saúde (MS).

“Essa é mais uma conquista que deve ser exaltada e servir de exemplo para a sociedade. Necessitamos aumentar o número de doadores e evidenciar a atitude dessa família alagoana, que mesmo na dor, autorizou o transplante de múltiplos órgãos, salvando a vida de cinco pessoas de uma única vez”, salientou assistente social da Central de Transplantes de Alagoas, Lisieux Ferro.

Fila de Espera

A assistente social da Central de Transplantes de Alagoas informou que existem muitos alagoanos aguardando na fila de transplantes por um órgão e que o índice de transplantes realizados no primeiro semestre deste ano foi baixo. “O transplante só pode ser feito quando a família autoriza. Mesmo que alguém informe que deseja ser doador de órgãos, ele deve comunicar a família, porque só os parentes até segundo grau podem autorizar o transplante”, afirmou.

Lisieux Ferro informou que, de janeiro a junho deste ano, foram somente três doadores de múltiplos órgãos. Entretanto, ainda de acordo com ela, “existem 265 pessoas esperando pelo transplante de coração, rins e córneas”, disse a técnica, ao enfatizar que o transplante representa a única esperança de vida para àqueles que têm uma doença grave, cujo órgão está comprometido.