Os irmãos Emerson Palmeira da Silva e Anderson Leandro Palmeira deixaram a carceragem da Central de Flagrantes na tarde desta terça-feira, após decisão proferida pelo juiz substituto da 9ª Vara Criminal da Capital, Mauro Baldini. Os dois foram presos na semana passada, suspeitos de participação no assassinato do professor Daniel Thiele, cujo corpo foi encontrado carbonizado juntamente com seu veículo, em um matagal, entre os municípios de Rio Largo e Pilar.
Os irmãos foram apresentados à imprensa pela Secretaria de Segurança Pública, na quinta-feira (6) e desde então seus familiares realizam protestos na tentativa de provar sua inocência. Um tio de Emerson e Anderson disse em entrevista à imprensa que há provas e testemunhas que ajudaram a esclarecer que os dois não tinham envolvimento com o caso e que o único argumento da polícia para sustentar as prisões havia sido o uso do chip do professor.
No dia da prisão, a Polícia informou à imprensa que Emerson usou o chip da vítima para fazer uma ligação para seu irmão, o Anderson. Mas não informou detalhes sobre o caso, alegando que poderia atrapalhar as investigações. E apesar de afirmar que tinha “fortes indícios da participação deles no crime”, não informou qual teria sido a motivação.
A partir da colaboração de colegas de trabalho e imagens de câmeras de segurança a defesa dos irmãos conseguiu mostrar que as provas apresentadas não eram suficientes para a manutenção das prisões.
Polícia Civil
A assessoria de comunicação da Polícia Civil esclareceu que foi o delegado Felipe Caldas quem solicitou a revogação das prisões temporárias de Emerson e Anderson nesta segunda-feira, 10. O pedido foi acatado pelo Ministério Público do Estado e concedida pelo juiz nesta terça-feira.
A assessoria de comunicação disse ainda que a investigação continua e que não será possível informar detalhes para não atrapalhar as investigações.
Emoção e reencontro
Na saída da Central de Flagrantes, ao lado de familiares e amigos, os irmãos conversaram rapidamente com a imprensa. Anderson falou das dificuldades que passaram durante esses cinco dias presos e questionou: “Agora eu quero ver como vai ficar a minha vida e a vida do meu irmão, sendo acusados dessa forma”. Já Emerson, ressaltou que estava deixando a delegacia “com a honra limpa”.
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