Deputado usou a tribuna da Assembleia para defender a vaquejada como esporte, cobrar agilidade na tramitação da lei no Congresso Nacional
A proibição da vaquejada foi o assunto mais discutido entre os deputados estaduais durante a sessão desta terça-feira (11), na Assembleia Legislativa do Estado (ALE). O tema foi levantado pelo deputado Dudu Holanda (PSD), que além de defender a vaquejada como esporte, cobrou a regulamentação por meio de uma Lei Federal, que tramita no Congresso Nacional.
Dudu Holanda disse que iniciou a prática da vaquejada aos dez anos de idade e, de lá pra cá, pode acompanhar toda a evolução da atividade. Ele garantiu que hoje não existe mais os maus tratos aos animais, como acontecia antigamente.
“Hoje eu sou mais um expectador, mas posso garantir que de 1986 até hoje, muita coisa mudou. Quando eu iniciei na vaquejada, aos dez anos, podia chicotear e cortar os animais, a prática era mais agressiva. Mas hoje as coisas mudaram. Hoje o animal não pode mais sangrar, você não pode chicotear e nem ferir o animal. Dentro da pista de fiscalização existe um médico veterinário, um médico e ambulância de plantão, para que não haja acidentes em nenhum das partes. Acidentes acontecem em qualquer modalidade esportiva, mas hoje as regras mudaram e houve um aperfeiçoamento da prática”, argumentou o deputado.
Albuquerque também comparou a vaquejada com o futebol, e cobrou a regulamentação e reconhecimento da prática. “Se nós formos comparar, o futebol foi reconhecido não tem vinte anos, como profissão. O que queremos é que a vaquejada passe por essa evolução e seja reconhecida como esporte e seja protegida por uma lei federal. Estamos lutando para que o projeto que tramita no Congresso ande com agilidade, para que não haja um grande prejuízo cultural e financeiro. Depois do futebol, para o povo nordestino, a vaquejada é uma paixão”, defendeu o deputado.
Em aparte, o deputado Bruno Toledo (PROS) também disse ser a favor da vaquejada e classificou a postura dos que criticam o esporte, sem o conhecimento necessário, como ignorante e preconceituosa.
“Eu não pratico vaquejada, mas me parece que as pessoas que defendem a extinção da atividade, a prática esportiva, vão com os argumentos de defesa animal, dizendo que fere o animal. O que está acontecendo é avaliação com uma extrema carga preconceituosa, daqueles que não têm oportunidade de praticar, como eu, mas não se dão ao trabalho de acompanhar, pelo menos hoje, uma festa da atividade. Pessoas que não conhecem a fundo e misturam com a defesa animal, uma causa de extrema importância, mas que colocam isso como se a vaquejada tivesse uma prática nociva aos animais. Além de uma prática esportiva, é uma defesa cultural do povo do Nordeste, que tem a vaquejada como lazer, mas também como um meio e um estilo de vida. Um povo que precisa ser respeitado e sofre preconceito de pessoas que não conhecem e estão julgando de forma preconceituosa”, finalizou.
Dudu Holanda disse que no próximo dia 25, vai participar da mobilização nacional junto com os defensores da vaquejada, que vão até Brasília para tentar sensibilizar deputados federais e senadores.
O tema também teve o apoio dos deputados Francisco Tenório, Inácio Loiola e Edval Gaia.