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Câmera flagra ação que causou morte de alagoano em Manaíra; PC fará reconstituição

Cícero Maximino da Silva

A Polícia Civil já possui imagens de câmeras de segurança que filmaram o momento em que um estudante de Fisioterapia foi morto pela Polícia Militar no bairro de Manaíra, em João Pessoa, na última sexta-feira (21). Segundo o delegado de Homicídios Reinaldo Nóbrega, as imagens foram cedidas pelo proprietário de uma residência nas redondezas.

“Estava escuro no momento da ação e a imagem é muito distante, mas enviamos o material para o Instituto de Polícia Científica (IPC) para que possamos aplicar alguns filtros”, explicou o delegado. “Estamos esperando esses resultados para tomarmos as providências seguintes. Cremos que as imagens não serão conclusivas, mas irão ajudar muito nas investigações”, disse ele.

Nóbrega disse ainda que a polícia irá realizar uma reconstituição do caso na quinta-feira da próxima semana, dia 3 de novembro. “Temos duas versões do fato e precisamos entender qual delas é a real”, disse o delegado. “Acreditamos que a reconstituição irá nos ajudar a descobrir a verdade”, finalizou.

O estudante de 20 anos Cícero Maximino da Silva foi morto por policiais na noite da sexta-feira (21), em uma blitz que estava sendo realizada no bairro de Manaíra, em João Pessoa. Segundo a Polícia Militar, ele e outro homem estavam em uma motocicleta e tentaram fugir e atropelar os policiais que estavam no local; eles teriam ainda, segundo a PM, tentado puxar uma arma. O condutor da moto deu outra versão e, em entrevista ao JORNAL DA PARAÍBA, disse desconhecer a arma e que não tentou fugir da blitz. O jovem posteriormente reafirmou sua versão à Polícia Civil.

A vítima chegou a ser encaminhada para o Hospital de Emergência e Trauma, mas morreu antes de receber atendimento médico. A assessoria do Hospital de Trauma informou que Cícero já chegou à unidade morto.

No dia seguite ao ocorrido, a Polícia Militar divulgou uma nota sobre o caso e destacou a presença de uma apreendida no local. Nesta terça-feira (25), o delegado Reinaldo Nóbrega, deu outra versão apresentada pela PM.