Os 3 a 0 aplicados diante do arquirrival, somados ao baile dado pelo Brasil, mesmo com Lionel Messi e a sombra do 7 a 1 em campo, fizeram com que Tite fosse ovacionado pelas arquibancadas do estádio mineiro.
Após o terceiro gol, os torcedores começaram a entoar, em coro: “Olê, olê, olê, olê… Tite, Tite”.
As cinco vitórias em cinco partidas deram a Tite o status de melhor começo na carreira ao lado, justamente, da atual temporada pelo Corinthians, quando também somou 100% nos primeiros cinco duelos.
O curioso é que, pelo time alvinegro, isso aconteceu justamente no ano em que Tite viu a equipe que montou para ser campeã brasileira na temporada passada ser totalmente desmanchado pelo mercado estrangeiro. Afinal, nada menos que seis titulares – Jadson, Ralf, Renato Augusto, Gil, Malcom e Love – deixaram o clube.
O Corinthians somou sua quinta vitória em 2016 após bater o Cobresal por 1 a 0, com gol contra de Escalona, aos 46 minutos do segundo tempo. Antes, havia vencido, pelo Paulistão, o XV de Piracicaba, o Audax, o Capivariano e o São Paulo. No sexto duelo, empatou com a Ferroviária por 2 a 2.
Pela seleção brasileira, Tite já venceu Equador, Colômbia, Bolívia, Venezuela e, agora, Argentina.
Mais do que vitórias, Tite também trouxe à seleção a volta dos gols. São quinze em cinco duelos, contra 11 em seis com Dunga. A média de três por duelo com Tite já rendeu ao Brasil o melhor ataque das Eliminatórias.
Tite também sofreu apenas um gol, enquanto o time de Dunga havia levado oito em seis duelos.
Os números falam por si só, mas não são apenas números em si. Na torcida, é nítida a diferença de comportamento após a chegada de Tite, já que a seleção vem tendo boas partidas. Dunga jamais recebeu gritos das arquibancadas, por exemplo. O ex-técnico do Corinthians vem sendo ovacionado até quando o telão do estádio anuncia a escalação brasileira.
Entre o elenco, a opinião sobre Tite também é unânime. O lateral Daniel Alves, por exemplo, definiu o sentimento do grupo.
“Eu acredito que a experiência do professor, o ano que passou se reinventando e a energia que tem que contagia bastante o grupo, o respeito que tem para com todos. Isso faz com que formemos um grupo forte, competitivo, com uma grande identidade e que as pessoas se conectam muito rápido porque gostam do que veem. Sempre penso que momentos difíceis te fazem crescer e acho que temos um grupo de lutadores, que crescem na dificuldade. Não adiante ser conformista senão não consegue fazer uma grande história, uma grande carreira. Esse grande momento que vivemos vem por conta do grande trabalho que estamos fazendo”, disse o atleta.
O Brasil volta a campo na próxima quarta-feira, contra o Peru, em Lima. Será a sexta vitória consecutiva de Tite?