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Dayse Larissa: Dupla acusada de matar adolescente próxima a escola é julgada

João Urtiga / Alagoas 24 Horas

Melkson Douglas Santos (esq) e Edvaldo Sabino Fidelis (dir)

Os dois acusados de assassinarem a tiros a estudante Dayse Larissa da Silva Melo, de 14 anos, estão sendo julgados, na manhã desta sexta-feira (18), no Fórum do Barro Duro. O crime ocorreu no dia 13 de maio de 2014, em frente ao colégio que ela estudava no bairro de Santa Lúcia e hoje eles são levados á júri popular.

Edvaldo Sabino Fidelis e Melkson Douglas Santos, de 21 anos, foram presos dias após o cometimento do crime. Edvaldo é réu confesso no caso e confirma ter dado os dois disparos de arma de fogo que ceifaram a vida da vítima. Ele estava na garupa de uma motocicleta no momento do homicídio.

Já Melkson é apontado pelo promotor Anderson Barbosa como o comparsa que teria apontado onde estava a vítima. “Melkson ligou para Edvaldo para dizer onde estava. Nós estamos pedindo aqui a condenação por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e por recurso que impossibilita a defesa da vítima. Temos uma testemunha ocular que conhece tanto a vítima quanto os acusados e que disse ter presenciado tudo”, garante o promotor.

Ainda na visão da promotoria, uma terceira pessoa não arrolada no processo e identificada vulgarmente como “Dumbo”, seria o condutor da moto que levou Edvaldo até Dayse. Mesmo dois anos após o cometimento do crime e prisão dos dois acusados o suspeito não foi identificado. “Quando arguimos eles dois sobre o ocorrido eles desconversam. Edvaldo e Melkson protegem esse rapaz e não revela se quer o nome”, disse o promotor.

O crime chocou familiares e amigos estudantes da Escola Estadual Ataíde Cavalcante Cabral onde a jovem estudava. Ela foi morta na saída do colégio próximo a um campo de futebol. O enterro de Dayse Larissa ocorreu no bairro do prado sob forte comoção. O inquérito foi conduzido pelo delegado Ronilson Medeiros que descartou qualquer envolvimento da vítima em outros homicídios ou com o tráfico de drogas.

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A defesa de Edvaldo Sabino, o réu confesso do homicídio, feita pelo advogado Thiago Pinheiro tenta provar o contrário. Segundo Pinheiro, a vítima teria “matado para não morrer” já que Dayse seria namorada de um traficante bastante famoso na região identificado apenas pelo prenome de “Ronaldo”. “Ele conta que recebia ameaças desse Ronaldo e que seria o próximo de uma ‘lista’ de desafetos. A confissão de Edvaldo por si só já diminui a pena. O que queremos é retirar as qualificadoras e diminuir a pena de 6 a 20 anos”, disse o advogado.

O julgamento é presidido pela magistrada Lorena Carla Souto Maior e deve seguir até o período noturno.