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Motorista desmaia no volante após se assustar com roubo a ônibus

Passageiros reagiram, e criminosos deram quatro tiros no veículo.

Reprodução

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Um motorista de ônibus desmaiou em cima do volante após se assustar com o assalto a um ônibus no Itapoã, no Distrito Federal, na madrugada desta segunda-feira (21). Passageiros reagiram ao roubo, e os criminosos deram quatro tiros no veículo. O coletivo faz a linha 780 (Itapoã – Plano Piloto). Ninguém se feriu.
Uma mulher que não quis se identificar conta que um homem armado invadiu o ônibus na Rua do Baixinho, no Del Lago, e se encontrou com outros dois que já estavam lá dentro e se passavam por passageiros. Segundo ela, o ladrão já entrou apontando a arma para a cabeça do motorista, enquanto os outros levaram as outras pessoas para o fim do veículo.
As vítimas afirmam que os assaltantes aparentavam ter 15 anos. A ação durou cerca de 15 minutos. Depois de encontrar resistência em quatro passageiros, os homens dois tiros no teto e na lateral do coletivo. Após descerem do ônibus, dispararam duas vezes na parte de trás do veículo.
Uma passageira afirma ter ligado quatro vezes para o 190, mas ninguém atendeu. Só na quinta tentativa ela conseguiu contato. Uma equipe foi ao local, mas os assaltantes já tinham ido embora.
Violência no transporte público
Rodoviários afirmam que a violência nos ônibus e paradas aumentou muito em relação ao ano passado. Houve 2.011 casos de janeiro a setembro de 2016 – aumento de 27,8% em relação ao mesmo período de 2015, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública.
“A gente trabalha meio com medo. Não é tranquilo, não, porque sempre vai ter medo. A gente sai de casa e não sabe se volta”, afirma o motorista Vanderli Ramos. “É complicado, mas fazer o quê? Tem que trabalhar.”
O frentista Cleiton Queiroz conta que frequentemente vê assaltos e que por isso acompanha a mulher à parada de ônibus. “À noite, quando chego da faculdade, não tem segurança, segurança nenhuma, segurança zero.”
Em uma reunião na semana passada, a Polícia Militar definiu as ações para coibir esse tipo de rime. Entre elas está a intensificação da Operação Anjos da Guarda, com o emprego de policiais em linhas, regiões e horários mais vulneráveis.