Apesar da recessão, o Brasil ganhou 10 mil novos milionários na passagem de 2015 para 2016, segundo relatório sobre riqueza divulgado nesta terça-feira (22) pelo banco Credit Suisse.
De acordo com o levantamento, o número de milionários brasileiros subiu de 162 mil para 172 mil.
Pela metodologia do estudo, são considerados milionários os indivíduos com ativos avaliados em mais de US$ 1 milhão, excluindo a residência principal.
Segundo o relatório, o Japão foi o país que mais ganhou novos milionários em 2016 (acréscimo de 738 mil), seguido dos Estados Unidos (283 mil), Alemanha (44 mil). Já os países que mais perderam milionários, pela ordem, foram: Reino Unido (-406 mil), Suíça (-58 mil) e China (-43 mil).
No mundo, o número de milinários cresceu 2%, ou 596 mil, passando de 32,3 milhões de pessoas para 32,9 milhões. O EUA concentra o maior número de super-ricos (13,5 milhões)
Desigualdade no Brasil
O relatório não aborda especificamente a crise econômica no Brasil, mas destaca que o país entra “enfrenta claramente dificuldades sérias”, apontando que a riqueza média do brasileiro medida em dólar caiu em um terço desde 2011.
Entre 200 e 2011, a riqueza média por adulto no país triplicou, passando US$ 8 mil para US$ 27,1 mil, mas caiu para US$ 18,06 mil em 2016.
O Credit Suisse cita ainda que a desigualdade no Brasil é gritante. O relatório destaca que o Brasil tem 245 mil pessoas dentro do 1% mais rico do mundo e 24 milhões de pessoas com renda abaixo de US$ 249 anuais.