Objetivo é prestar atendimento psicológico, levantar informações sobre vítimas e oferecer apoio para retorno de sobreviventes
Uma comitiva formada por equipe técnica da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) está na Colômbia para dar apoio ao retorno de familiares e sobreviventes do acidente aéreo que matou equipe da Chapecoense e jornalistas brasileiros. A equipe seguiu em voo da Força Aérea Brasileira (FAB), no grupo que também levou representantes do Itamaraty e da Polícia Federal, entre outros profissionais.
Além de prestar atendimento psicológico, o objetivo da equipe é levantar informações atualizadas sobre as vítimas e verificar a necessidade de apoio ao regresso sanitário de sobreviventes. Com base nas informações, o Ministério da Saúde irá avaliar o envio de equipe da área de saúde mental para realizar apoio técnico ao serviço psicossocial do município de Chapecó (SC).
Luto oficial
A Chapecoense jogaria nesta quarta-feira (30) a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional, da Colômbia. O avião que levava a equipe, jornalistas e dirigentes esportivos caiu antes de conseguir pousar em Medellín. No acidente, 71 pessoas morreram e outras cinco sobreviveram.
Por conta do desastre, o presidente da República, Michel Temer, decretou luto oficial de três dias pela morte dos brasileiros na queda do avião. Temer também determinou que os ministérios da Defesa e das Relações Exteriores dessem todo o apoio necessário aos familiares das vítimas e aos sobreviventes.
Força Nacional do SUS
A Força Nacional do SUS foi criada em novembro de 2011 para agir no atendimento às vítimas de desastres naturais, calamidades públicas ou situações de risco epidemiológico e desassistência, quando for superada a capacidade de resposta do estado ou município. Desde então, participou de outras 28 missões de apoio em caso de desastres naturais, na gestão de grandes eventos, de assistência a tragédias.
Para que o grupo seja acionado, o município ou o estado deve decretar situação de emergência, calamidade ou desassistência, solicitando o apoio do Ministério da Saúde.
Com isso, é deslocada uma equipe para a chamada missão exploratória, quando profissionais vão até o local para fazer um diagnóstico da rede de saúde e verificar a necessidade de apoio em relação a equipamentos, insumos e profissionais de saúde.