A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em parceria com militares da Coordenação Estadual de Defesa Civil e dos agentes de endemias de Maceió, iniciou o mapeamento das áreas com maiores índices de infestação predial do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e da chikungunya. A finalidade é facilitar a fiscalização em imóveis fechados e também naqueles em que os moradores impedem a entrada de agentes. O serviço está sendo realizado com um equipamento aéreo não tripulado que pode filmar e fotografar (Drone).
O capitão Silva Melo, do Corpo de Bombeiros e representante da Coordenação Estadual de Defesa Civil, explicou que, com a captura de imagens das casas e terrenos, será possível atuar de forma mais direcionada no combate à proliferação do Aedes aegypti.
“Ele sobrevoa uma área e mapeia as casas que estão com foco ou tem recipientes que possam acumular água, como piscinas, caixas d’água destampadas, garrafas ou pneus. Com isso, a equipe de agentes já chega ao local com a imagem para fazer a vistoria. A ideia é focar nas residências onde têm maior incidência”, acrescentou.
De acordo com ele, subir em telhados e caixas d’água oferece riscos para os agentes e o drone funciona como uma ferramenta auxiliar para sobrevoar essas aéreas e encontrar possíveis focos do mosquito da dengue na capital, uma vez que o equipamento tem a GoPro, uma câmera que grava e também transmite as imagens ao vivo em formato Full HD, ampliando as possibilidades de identificação até de criadouros menos perceptíveis.
Segundo Wilson Teixeira, supervisor de endemias da Sesau, a ação irá percorrer 21 bairros e 2.028 quarteirões da parte baixa da capital, entre eles estão: Pontal da Barra (52), Trapiche da Barra (176), Prado (122), Centro (122), Levada (111), Ponta Grossa (134), Vergel do Lago (191), Jaraguá (81), Poço (172), Pajuçara (36), Ponta da Terra (32), Ponta Verde (107), Jatiúca (265), Mangabeiras (44), Cruz das Almas (97), Jacarecica (37), Guaxuma (50), Garça Torta (17), Riacho Doce (55), Pescaria (24) e Ipioca (103). A ação será encerrada em abril de 2017.
Para o supervisor de endemias da Sesau, a tecnologia será uma grande aliada para encontrar, principalmente, focos de reprodução do mosquito em piscinas com água parada e suja.
“O verão é a estação mais propícia para o aparecimento do mosquito e muitas pessoas não se importam em deixar a água parada. É muito comum os agentes encontrarem nas vistorias muitos ovos, larvas e pupas, que é o último estágio do mosquito nascer”, disse.
Teixeira observa ainda que, mesmo com ação do drone, a melhor forma de combater o Aedes aegypti é não deixar o mosquito nascer. Por isso, é importante que os moradores deixem os agentes entrarem em suas casas para que sejam eliminados possíveis criadouros.
“As visitas domiciliares são essenciais para o combate ao vetor. No contato constante com a população, os agentes de saúde desenvolvem ações com os moradores, relativas aos cuidados permanentes para evitar depósitos de água nas residências. É fundamental”, ressaltou.