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PF e PRF realizam operação contra roubo de cargas; Um comerciante foi preso em AL

Estão sendo cumpridos 35 mandados de prisão e 49 de busca e apreensão em Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Sergipe

As polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF) realizam, desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira (09), uma operação de combate ao roubo de cargas e receptação. Mais de 300 policiais cumprem 84 mandados de prisão, busca e apreensão em Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Sergipe.

Todos os mandados, sendo 28 de prisão preventiva, sete de prisão temporária e 49 de busca e apreensão, foram expedidos pala Justiça de Sergipe. Em Alagoas, a operação acontece no município de Porto Calvo, e, segundo informações da assessoria de imprensa da PF, um comerciante de 39 anos foi preso e levado para a sede da Polícia Federal, no bairro de Jaraguá.

Também são cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão em Aracaju, Cristinápolis, Itabaianinha, Umbaúba, Boquim, Nossa Senhora do Socorro, Estância e Tobias Barreto em Sergipe; em Euclides da Cunha e Caldas do Jorro (Bahia), Taubaté (São Paulo), Rondonópolis (Mato Grosso) e Aparecida de Goiânia (Goiás).

Segundo informações da PF e PRF, os criminosos deixaram de agir com violência e passaram a aliciar os motoristas para que eles entregassem as cargas de interesse e, após o ‘crime’, os motoristas prestavam queixa à polícia. A organização criminosa oferecia a logística para transportar, esconder e repassar a carga roubada com receptadores que revendiam os produtos em estabelecimentos comerciais. O prejuízo estimado pela polícia é de mais de R$ 15 milhões.

Em Sergipe, pelo menos vinte pessoas já foram presas. Eles serão encaminhados para a sede da Polícia Federal em Aracaju para prestarem depoimento e depois serão encaminhados para o Complexo Penitenciário Doutor Manoel Carvalho Neto (Copemcan), em São Cristóvão.

Os autores do crime deverão ser indiciados pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, fraude à licitação, falsa comunicação de crime e de formação de organização criminosa. As penas culminadas podem superar 700 anos de prisão.

A operação é denominada “Canto da Sereia” e foi escolhido em representação à lenda do canto da sereia, em referência ao aliciamento que é feito pela quadrilha aos motoristas de transporte de cargas. Eles ficariam encantados com a oferta criminosa.

Desdobramentos
A operação desta sexta-feira é um desdobramento da ‘Operação Subida da Torre’, ação conjunta da PF e PRF em dezembro de 2015. Desde então, os criminosos vinham agindo de modo diferente e ao invés de utilizarem violência, convenciam os motoristas a entregarem as mercadorias. A polícia identificou que, apesar da redução do roubo de cargas, desvios continuavam acontecendo nas BRs 101,116 e 316 nas divisas de Sergipe, Bahia, Alagoas e Pernambuco.