Professores da educação municipal e estadual realizam um ato na manhã desta terça-feira (13), em frente à Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), contra a PEC 55, considerada por muitos como a proposta que limita o aumento de gastos públicos e que vai à votação hoje do Senado Federal pelo segundo turno.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), Maria Consuelo, o texto que foi aprovado no primeiro turno, em 29 de novembro, é uma afronta aos trabalhadores que terá seus avanços nas áreas da educação e saúde congeladas pelos próximos 20 anos.
“A PEC 55 é uma proposta avassaladora da classe trabalhadora e um desmonte ao serviço público. Hoje além dela estamos aqui reunidos para lutar contra a Reforma da Previdência que também já foi aprovada parcialmente e que retira dos trabalhadores o direito de se aposentar com segurança”, disse a presidente.
De acordo com Consuelo, entre as várias medidas que o governo do presidente Michel Temer (PMDB) tenta empurrar, a alteração na Previdência é a que mais prejudica os trabalhadores. “Não há como você imaginar uma aposentadoria que só te dará direito no futuro a 76% do que você pagou como contribuinte. Analistas nossos ligados a área da educação avaliam que se essa reforma passar o trabalhador vai receber muito pouco no final da vida”, disse.
O Sinteal conta com apoio de 11 mil educadores da rede estadual e outros 5 mil da rede municipal. Pautas locais como a progressão de salários por parte do município e o reajuste salarial não pago pelo governo do Estado em 2016 também são entoados pelos servidores.
A mesma posição é compartilhada pelo líder do Sindicato dos Servidores Federais da Educação Profissional e Tecnológica no Estado de Alagoas (Sintietfal), Fabiano Duarte. Para Fabiano, que representa a classe dos educadores federais, os ifes seguem em greve e o principal foco de luta passa a ser a PEC 55 e a Reforma da Previdência.
“Lutamos também pela Reforma do Ensino Médio, mas nossa maior pauta hoje é contra a PEC 55 e a Previdência. Nossa categoria segue em greve por conta dessa pauta política. A categoria entende que o governo Temer é ilegítimo e golpista”, destaca o educador.