A Polícia Civil deve investigar a morte de um homem identificado como Jadilson Pereira, de 50 anos, que morreu de forma ainda não esclarecida dentro de um bar situado no bairro da Serraria. A esposa de Jadilson acusa o segurança do bar da morte do marido, que deu entrada no HGE na noite da última sexta-feira (17) com várias lesões no crânio.
Christiane Furtado deu entrevista na manhã desta terça-feira (20) e relatou que tudo aconteceu muito rápido. “Já estávamos de saída. Havíamos pedido a conta e eu fui ao banheiro, quando saí meu marido estava caído no chão, sangrando e uma mulher que se identificou como bombeira civil relatou que ele havia sido agredido por um segurança,” contou Furtado.
A esposa da vítima disse ainda que é cliente assídua do bar e negou que na noite do ocorrido ou em noites anteriores ela ou o marido tenham se envolvido em qualquer tipo de discussão.
Furtado disse ainda que ao ver o marido sangrando achou se tratar de uma convulsão e depois algumas pessoas relataram que ele havia caído. Na dúvida sobre o que de fato ocorreu, ela deu entrada com o marido no HGE alegando se tratar de uma queda. “Depois que os médicos atenderam e me relataram o resultado da tomografia que apresentava múltiplas lesões no crânio, logo descartei a hipótese de queda.”
Christiane também disse que tentou durante todo o fim de semana registrar um Boletim de Ocorrência, mas por vários motivos não conseguiu. “Cada delegacia que eu tentava registrar o B.O. alegava uma razão diferente para não fazer o documento. Em uma disseram que não podiam fazer lá por que não era naquela jurisdição, na outra não tinha escrivão. Todas as tentativas eram para um registro por lesão corporal, até que hoje volto a Central de Flagrantes pela segunda vez para registrar um caso de homicídio,” declarou em prantos Furtado.
A esposa da vítima disse ainda que solicitou do estabelecimento comercial as imagens do circuito interno de segurança e que a dona do bar se mostrou solícita em fornecer num primeiro momento, mas que ao falar com os advogados começou a ‘dificultar’ e que só disponibilizaria as imagens quando a investigação do caso estiver em curso.