A temática humanização deve estar cada vez mais presente nas práticas profissionais, para que estes reiterem os valores e atendam às necessidades humanas.
Pensando nisso, a Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Gerência de Valorização da Pessoa e os integrantes do Conselho Estadual de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), os gestores da Escola Técnica de Saúde (ETSAL) e a coordenação da Política Nacional de Humanização (PNH) estão traçando estratégias de sensibilização para os novos prefeitos, visando a continuidade de educação permanente nos municípios a partir de 2017.
De acordo com Patrícia Bezerra, responsável pela área de Desenvolvimento e Educação em Saúde da Sesau, a elaboração dessas estratégias tem como propósito fortalecer a Educação Permanente da Saúde e a Política Nacional de Humanização como norteadoras de novas práticas que orientam a reflexão sobre o trabalho e a construção de processos de aprendizagem colaborativa e significativa, ofertando ações coletivas de desenvolvimento aos trabalhadores, a partir dos principais desafios identificados pelas equipes no cotidiano no trabalho.
“Com isso, buscaremos um estreitamento entre a área de educação da Sesau e os novos gestores, tanto no que diz respeito à Educação Permanente da Saúde como à Política Nacional de Humanização. Dessa forma, a estratégia tem como finalidade se fazer presente no trabalho desses prefeitos, para que eles saibam o que são essas duas políticas, a que se propõem e de que forma os municípios poderão acessá-las”, explicou.
Oferta de cursos
Por meio de convênio com a Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), estão previstos para a execução em 2017, os cursos para profissionais de saúde de nível médio e superior dos 102 municípios alagoanos. Ao todo, serão ofertados 22 cursos de formação técnica, além de especializações e atualizações. Segundo Bezerra, alguns cursos já estão em andamento, enquanto outros terão seus editais abertos no início de janeiro e abril de 2017, respectivamente.
Para Bezerra, a educação é, sem dúvida, um instrumento potente para corrigir o descompasso entre a orientação da formação, o desenvolvimento dos profissionais de saúde e os princípios e as diretrizes do SUS. Nesta direção, busca-se – com a política de desenvolvimento de pessoas – promover ações direcionadas aos trabalhadores que articulem as competências individuais aos objetivos institucionais e que gerem valor público sustentável.
“Nesta perspectiva, conseguiremos ampliar o olhar desses novos gestores e a concepção sobre o trabalho para contemplar, para além do indivíduo, os coletivos e aprendizagem organizacional. Desta forma, serão fortalecidos os espaços para além da reflexão crítica e a problematização das situações enfrentadas no cotidiano, favorecendo o trabalho em equipe, a gestão participativa e corresponsabilização nos processos de ensino-aprendizagem, para o alcance dos objetivos estratégicos”, ressaltou.
Uma reunião está marcada para o dia 10 de janeiro, às 14 horas, na Escola Técnica de Saúde, cuja finalidade é acertar os últimos detalhes para que as informações sobre as estratégias sejam anexadas nos folders, que vão servir de material de apoio durante a reunião com os 102 prefeitos. O encontro com os novos prefeitos e gestores municipais ainda não tem uma data definida para acontecer.