Craque da Série B e ‘dono’ do meio-campo do Bahia com o maior número de desarmes, passes certos e chances criadas, o volante Juninho protagoniza uma das novelas do mercado com a indefinição em torno da renovação de seu contrato no Fazendão, pedida de aumento quatro vezes maior ao salário atual e assédio de Botafogo, Inter e outros.
Não chega a ser novidade para o atleta de 30 anos.
Em 2015, após se destacar no Macaé, ele esteve no centro de outra negociação arrastada.
E que, para o desespero geral, se encerrou somente na noite do réveillon.
O seu capítulo final, no entanto, foi digno de uma das maiores reviravoltas da história: até então acertado com o rival Vitória, Juninho recebeu ligação do Bahia próximo do ano novo, conversou com o presidente tricolor Marcelo Sant’Ana e, somente na noite do dia 31 de dezembro, assinou contrato até o fim de 2017. A sua contratação foi anunciada nas redes sociais às 21h57 (de Brasília).
Advogados do clube tiveram de deixar suas festas particulares às pressas para redigir o documento.
“No final do ano passado, fui contratado pelo Bahia. Foi mais ou menos assim: por volta do dia 28 de dezembro, recebi uma ligação de um empresário que não era meu. Ele não queria ganhar nada, mas apenas ajudar um clube. Ele perguntou se eu queria jogar num clube grande e disse que sim. Já tinha algo encaminhado (com o Vitória), faltava apenas assinar, mas disse que aceitaria ouvir. Por volta das 23h do Rio de Janeiro, era umas 22h de Salvador, o presidente do Bahia me ligou e conversamos até entrar num acordo”, contou Juninho ao ESPN.com.br.
“Liguei para meu empresário (Eduardo Uram) e ele só mandou eu esperar para ver o outro clube que estava acertando, se era melhor para mim”, prosseguiu.
“Então, acabamos fechando contrato dia 31 de dezembro, ele mandou um pré-contrato na minha casa e eu assinei. O Uram leu, mandou de volta e o Bahia oficializou quase meia-noite (risos). Estouramos o champanhe com clube novo”, completou.
O Vitória oferecia um ano de contrato ao volante que construiu a maior parte de sua carreira no Duque de Caxias.
O Bahia, por outro lado, propôs dois, com um salário de em torno de R$ 40 mil mensais.
“Foi o melhor réveillon da minha vida. Espero que esse seja melhor ainda”, brincou.
O champanhe está pronto, mais uma vez.