A viúva do embaixador da Grécia Kyriakos Amiridis, Françoise de Souza Oliveira, 40, foi transferida neste sábado (31) para o presídio de Bangu. Ela é acusada pela polícia de ter tramado a morte do marido junto com o policial militar Sérgio Gomes Moreira Filho, 29 anos, de quem é amante.
O militar, a mulher do diplomata, e o primo dele, Eduardo Moreira Tedeschi, 24, tiveram as prisões temporárias, por 30 dias, decretadas pelo Plantão Judiciário, na noite de sexta-feira (30). O soldado foi levado para a cadeia do Batalhão Especial Prisional (Bep), da PM. Tedeschi continua detido na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) prestando mais informações, antes de ir para o Complexo Penitenciário.
Françoise e Sérgio confessaram ser amantes há pelo menos seis meses, mas apenas o policial admitiu que cometeu o crime contra o diplomata. A participação da embaixatriz foi confirmada pelo primo do PM, que ficou indignado com a atitude do militar em proteger a amante.
Segundo o delegado-adjunto da DHBF, Evaristo Pontes Magalhães, Tedeschi revelou que o trio se reuniu no domingo, um dia antes do homicídio, para planejar o crime, e que Françoise lhe ofereceu R$ 80 mil pela empreitada criminosa.
Para a polícia, tudo leva a crer que o objetivo do casal era matar o embaixador para desfrutar dos bens dele. Amiridis e Françoise tinham uma filha de 11 anos. O delegado disse que as investigações continuam.
Ele disse ainda que Françoise foi surpreendida, ao chegar em casa, pelo corpo do marido ainda na sala, na segunda-feira. “Ela retorna para dentro do quarto e os dois dão continuidade à retirada do cadáver “, disse o delegado. O delegado explicou que, desde o desaparecimento de Amiridis, ficou desconfiado do comportamento da esposa. Além da demora de comunicar o suposto sumiço, dois dias depois do crime, Françoise chegou à delegacia já acompanhada do policial Sérgio e de um advogado.