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Saiba como evitar a proliferação do Aedes aegypti durante o verão

Sesau

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Com a chegada do verão, os locais propícios para a criação do mosquito Aedes aegypti se multiplicam e a população deve se mobilizar para eliminar os focos. Como nessa época o clima fica mais quente e úmido, os ovos do mosquito se abrem com maior facilidade, aumentando a proliferação do inseto. O mosquito é o vetor dos vírus da dengue, zika e chikungunya.

 

De acordo com Paulo Protásio, supervisor de Endemias da Sesau, nessa época, que faz sol na maior parte do tempo, qualquer pancada de chuva pode fazer com que os ovos eclodam em questão de horas.

 

“Logo, há o aumento da população do Aedes aegypti e, consequentemente, uma disseminação mais rápida dos vírus que possa estar circulando em determinada localidade”, explicou o supervisor.

 

Protásio destacou ainda que o Aedes aegypti é sensível não só a chuva, mas também a temperaturas altas. Ou seja, quando chove aumenta a oferta de criadouros e quando a temperatura aumenta cresce a velocidade do desenvolvimento das larvas do mosquito.

“A meu ver, isso impacta não só a qualidade de vida das pessoas, como também o setor da saúde, onde vamos ter uma demanda maior da população procurando hospitais, de forma a impactar intensamente no acolhimento para o diagnóstico e, inclusive, para a recomendação dos tratamentos adequados a cada doença”, ressaltou.

 

Segundo o supervisor de Endemias da Sesau, com a massificação das informações para reforçar a proteção contra o mosquito Aedes aegypti, em especial às gestantes, pela associação do vírus zika com a microcefalia em bebês, a população ficou mais alerta, o que possibilitou a entrada dos agentes de endemias em suas casas, a fim de eles reduzirem a população do mosquito em locais mais vulneráveis, que são os depósitos onde existe armazenamento de água para consumo humano.

 

PROTEÇÃO – A ação mais efetiva para combater o mosquito, segundo Protásio, ainda é, sem sombra de dúvidas, a eliminação dos focos. Por isso, é importante descartar corretamente todo e qualquer recipiente que possa acumular água parada.

Quinze minutos de vistoria são suficientes para manter o ambiente limpo. Pratinhos com vasos de planta, ralos, baldes, garrafas, calhas, pneus e até brinquedos podem ser os vilões e servir de criadouros para as larvas do mosquito.

 

O supervisor de Endemias da Sesau explicou que o ciclo de reprodução do mosquito, do ovo à forma adulta, pode levar de 5 a 10 dias.

“Por isso, mesmo em uma viagem de férias, é preciso estar atento. Um balde esquecido no quintal ou um pratinho de planta na varanda do apartamento, após uma chuva, podem se tornar um foco do mosquito e afetar toda a vizinhança. É importante verificar se a caixa d’água está vedada, a calha totalmente limpa, pneus sem água e, em lugares cobertos, garrafas e baldes vazios e com a boca virada para baixo, entre outras pequenas ações que podem evitar o nascimento de larvas”, alertou.

 

Além do mais, os ovos do mosquito podem aderir às laterais internas e externas dos recipientes por até um ano, mesmo sem água. Se durante este período os ovos entrarem em contato com água, o ciclo evolutivo recomeça e, consequentemente, a transmissão. Por essa razão, é necessário lavar os recipientes com água e sabão, utilizando uma bucha ou escova. Não importa se você mora em apartamento ou casa, o mosquito Aedes aegypti pode encontrar um recipiente com água parada para depositar os ovos e se reproduzir.

 

DRONES – Desde a identificação do vírus Zika no Brasil e associação com os casos de malformações neurológicas, no segundo semestre de 2015, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) tem tratado o tema como prioridade.

Entre os vários projetos desenvolvidos pela pasta, merece destaque os drones, que começaram a ser utilizados no início deste mês. A tecnologia tem sido uma grande aliada no combate ao mosquito Aedes aegypti em Maceió. Nos locais de difícil acesso como coberturas de prédios, casas fechadas e terrenos abandonados, as equipes de agentes de combate a endemias contam com a ajuda desses equipamentos com uma câmera para monitorar os locais de difícil acesso.

 

“Os drones são ferramentas muito importantes para aquelas casas que estão fechadas, então ele permite que se visite a casa, sem a necessidade de chamar um chaveiro, e verificar se tem algum foco. Se há o foco, chama-se o chaveiro, mas não precisa chamar antes de entrar [com o drone]. Por meio das fotografias e dos vídeos Full HD, eles nos informam os locais com possíveis grandes criadouros e isso nos ajuda a reduzir a população de Aedes aegypti nesses pontos extremamente vulneráveis”, explicou.

 

DADOS – Alagoas já registrou 21.735 notificações de casos de dengue, 8.012 de zika e 18.108 de febre chikungunya até a quadragésima oitava semana, o que corresponde até o dia 19 de dezembro. No mesmo período do ano passado, foram notificados 31.747 casos de dengue, 335 de zika e 2.476 de febre chikungunya