É na alta temporada e nas férias que milhares de alagoanos e turistas desbravam Alagoas à procura das mais diversas opções de lazer. Para os apaixonados por arte, uma ótima dica é visitar a Fundação Pierre Chalita.
Instalada em um antigo casarão, localizado na Praça Floriano Peixoto, centro da capital alagoana, o prédio conta com uma rica coleção de artes sacras, móveis de séculos passados e obras de artes.
O espaço foi fundado em 1980, pelo pintor e colecionador Pierre Chalita, com o intuito de preservar e expor ao público seu acervo. O prédio faz parte integrante do Conjunto Arquitetônico dos Martírios, tombado como Patrimônio Estadual de Alagoas, em março de 2000.
A coleção do museu é constituída por mais de 2000 obras, que abrange pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, objetos decorativos e um núcleo de arte sacra, originários do Brasil e de outros países, datados entre os séculos XVII e XX.
Entre as pinturas europeias, se destacam uma cópia do século XVII da Transfiguração de Rafael, adquirida do Museu do Prado; uma madona, representação artística da Virgem Maria, já creditada ao ateliê de Leonardo da Vinci e cópias antigas de Caravaggio e Guido Reni.
No equipamento cultural, também estão expostas obras de João Câmara, Alfredo Volpi, Carlos Scliar e dos artistas alagoanos Lourenço Peixoto, Rosalvo Ribeiro, Fernando Lopes e Vicente Ferreira de Lima, além de várias peças do próprio Pierre Chalita e de sua esposa, Solange.
A paulista Andrea Omena ficou surpresa com a quantidade de obras presentes na Fundação. “Estava passando pela praça, quando vi o Museu. Há peças de vários lugares. É um espaço para amantes da história e uma ótima opção para turistas fugirem das rotineiras praias”, disse.
Para a brasiliense Adriana Nascimento valeu muito a pena visitar o museu. “A recepção foi sensacional. Eles fazem um tour bárbaro e sabem a história de cada quadro. Valeu e recomendo. A simpatia impera”, destacou a turista.
A Fundação Pierre Chalita funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h.
Pierre Chalita
Maceioense, filho de família de imigrantes libaneses, Pierre Chalita é um pintor, escultor, desenhista, arquiteto, professor e colecionador de arte brasileiro, falecido em 30 de julho de 2010. Sua obra é marcada pelo trágico da condição humana, pela exaltação do sentimento e pelo calor da carne.
Estudou na Faculdade de Arquitetura do Rio de Janeiro, na Academia de Belas Artes San Fernando em Madrid e na Escola de Belas Artes de Paris, e ilustrou diversas obras literárias, entre elas “Um Gosto de Mulher” e “Vida, Paixão e Morte do Irmão das Almas”, de Carlos Méro.