Manekineko transferiu quantias milionárias para o escritório de advocacia da ex-primeira-dama, que é suspeito de ser responsável por "esquentar" parte da propina
O Ministério Público aponta que a rede de restaurantes japoneses Manekineko é suspeita de lavar dinheiro para o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, preso em Bangu acusado de cobrar propina sobre contratos de obras do Estado.
Relatório da Receita Federal afirma que, em 2014, o restaurante transferiu R$ 1 milhão para o escritório de advocacia da ex-primeira-dama, Adriana Ancelmo, que assim como Cabral está presa. No ano seguinte, o escritório declarou ter recebido outros R$ 2,3 milhões da rede de restaurantes.
A empresa da ex-primeira dama é acusada de ser responsável por lavar parte da propina.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, um relatório do Conselho de Controls de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, também detectou que sócios e funcionários do restaurante foram beneficiários de depósitos em dinheiro feitos por uma das secretárias da ex-primeira-dama.
A rede Manekineko tem seis restaurantes no Rio, sendo três na zona sul. Procurada, a empresa afirmou que não poderia se manifestar no momento. A defesa de Adriana e Cabral também não se pronunciaram.