Desde sexta-feira (13), a concessionária está obrigada pela Justiça a reassumir a gestão do estádio, que está sem luz e foi alvo de furtos
Na última sexta-feira (13), Fernando Lousada, juíza da 4ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, aceitou uma liminar obrigando a Maracanã S/A, concessionária que é controlada pela Odebrecht, a reassumir a administração do Maracanã. No entanto, a construtora vai entrar com recurso contra a decisão.
Por conta da segurança reduzida e da falta de luz, o estádio foi alvo de furtos neste início de ano. Dois bustos foram roubados, como o do jornalista Mário Filho, que dá nome ao complexo esportivo, além de televisores e equipamentos.
Sem dinheiro, o governo do estado do Rio de Janeiro já deixou claro que não pretende assumir a gestão do Maracanã. Sua reforma para a Copa do Mundo de 2014 custou R$ 1,2 bilhão do dinheiro público.
De acordo com a liminar, que foi proferida após o pedido da Procuradoria Geral do Estado (PGE) do Rio, a Odebrecht terá que pagar R$ 200 mil por cada dia que a ordem não for cumprida.
O problema é que a concessionária se recusa a reassumir o estádio, alegando que o Comitê Rio-2016 não fez todas as obras necessárias para a devolução do mesmo. Entretanto, no entendimento da PGE, a não conclusão das reformas não impede que a Maracanã S/A reassuma o local.
Através de nota, a concessionária disse que “analisa qual decisão tomar frente à liminar obtida pelo governo do Estado do Rio de Janeiro”.
Segundo a Odebrecht, “o próprio Comitê Rio-2016 admite que deixou várias pendências nas instalações”.