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Dançarinas do É o Tchan reclamam: “a gente é tratada que nem cachorro”

Joyce Mattos e Zanza Pereira dizem que foram expulsas de palco por não obedecerem regra inviável de Compadre Washington

Instagram

Zanza Pereira e Joyce Mattos

Um vídeo feito pelas dançarinas do grupo É o Tchan! Joyce Mattos e Zanza Pereira vazou na web. Nela, elas aparecerem reclamando de terem sido expulsas do palco e relatam que são maltradas pelos outros integrantes do grupo, em especial pelo Compadre Washington. Joyce se desligou do É o Tchan! por meio de seu Instagram.

Procurada por QUEM, a assessoria de imprensa do grupo preferiu não se pronunciar. “Compadre Washington e Beto Jamaica não vão se pronunciar sobre isso no momento. Só podemos informar que a Elisangela (Zanza) continua no grupo”, disse Gabriela Rocha, porta-voz do É o Tchan!.

Horas depois, a página oficial do É o Tchan! no Instagram publicou um comunicado falando sobre a saída de Joyce e ignorandoos comentários das dançarinas. “Em respeito a imprensa e aos fãs da banda É o Tchan, oficializamos a informação de que a dançarina Joyce Mattos não é mais uma integrante do grupo. O Tchan segue com sua formatação normal, tendo à frente Compadre Washington e Beto Jamaica.”

VÍDEO DAS DANÇARINAS
No vídeo que vazou na web, Joyce e Zanza relatam terem sido expulsas do palco durante um show. “É uma e pouco da manhã e nós fomos colocadas para fora do palco porque existe uma linha no palco, que é é uma coisa incondicional de se dançar porque fica em cima dos músicos”, diz Joyce, que ainda reclamou de não ter tido aumento de salário. “Sempre fomos humilhadas. Além das humilhações, a gente tem a humilhação também de não ir pra televisão. Sendo que quando a banda estava morrendo, a gente ia para a televisão. Recebemos a mesma remuneração há cinco anos.”

“Cresceu a visibilidade da banda e o número de shows, mas continuamos ganhando a mesma coisa”, endossou Zanza. “Fomos expulsas do palco porque não obedecemos de dançar na linha, uma linha esta que não tem condições de ser obedecida por ser em cima dos nossos colegas de trabalho. Se a gente fizer um movimento de braço, a gente agarra no instrumento e machuca.”

Joyce, que assim como Zanza, estava no ônibus durante a gravação do vídeo, fez questão de deixar claro que a culpa era de Compadre Washington e de que iria reclamar se não recebesse o cachê por aquele show. “A produção mais o cantor, o Compadre Washington, no caso, foi o culpado porque não estava feliz. Se descontarem meu cachê serei obrigada a fazer essa denúncia.”

“Vocês estão insatisfeitos com o nosso trabalho? Então demitam a gente ao invés de ficar maltratando e se desfazendo da gente. Somos mulheres e somos tratadas que nem cachorro mesmo. É desumano”, continuou Joyce.

O vídeo vazou após o anunciou do desligamento de Joyce do grupo no Instagram. Ela ficou cinco anos no posto de morena do É o Tchan!, que já foi de Scheila Carvalho. “Hoje, terça-feira, 31 de Janeiro de 2017, eu venho em respeito ao público que aprecia o meu trabalho junto ao É o Tchan declarar que não faço mais parte do grupo. Quem diria, eu uma ex-vendedora de lojas, performance GLS, sem beleza, sem corpo, sem perfil e sem ser graduada em dança entraria para uma banda de tamanha grandiosidade. Ocupei o espaço sim de morena do Tchan, mas esse posto nunca foi meu…”, escreveu.

“O meu tempo acabou, e a sensação de dever cumprido me acalma o coração, 10 mil vezes que entrei no palco foram 10 mil de amor, que incomodou muitos e alegrou outros… Mas enfim, ruim ou bom, dei o meu melhor, me doei por inteira e me dediquei, e acreditem, até eu acho que não foi o bastante. O sentimento de saudade fica e o maior orgulho que tenho de todas minhas atitudes é que enquanto estive na banda eu fui agraciada pela maior recompensa, os FÃS, esses que a partir de hoje não sei quais irão continuar, mas enquanto estive me acompanharam e apoiaram, valeram cada suor e sorriso que derramei mesmo quando na verdade deveriam ser lágrimas!!São a vocês o meu obrigado. Cheguei ao fim bem demorado com a durabilidade de 5 anos 4 meses e exatos 20 dias, e hoje posso dar o meu adeus com o coração calmo e com a sensação de dever cumprido. Obrigada a todos pela atenção e carinho, fiquem tranquilos. Todo fim não é fácil, mas estou muito bem e convicta que já havia passado da hora do fim acontecer.”