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Procedimento evita implante desnecessário de stents em pacientes com artérias obstruídas

Ascom/Santa Casa

Procedimento na Santa Casa

A Santa Casa de Maceió implantou em sua rotina um procedimento que avalia com precisão a necessidade ou não de implante de stents em pacientes com obstrução nas artérias coronarianas.

Sem este procedimento, o médico faz a análise por meio da observação visual e com base em sua experiência.

Conforme explica o cardiologista e hemodinamicista Leilton Luna Jr., o exame é uma avaliação fisiológica de gravidade de obstruções conhecida pela sigla em inglês FFR (Reserva de Fluxo Fracionada).

É um procedimento invasivo que permite medir a obstrução coronariana com extrema precisão. “A medida FFR avalia as lesões obstrutivas intermediárias (entre 40% a 70%) diagnosticadas no cateterismo, sendo mais utilizados com essa mesma finalidade durante a angioplastia coronária”, comentou Leiton Luna.

No caso das lesões graves, a intervenção de ponte de safena é o padrão ouro. No caso das obstruções leves, o tratamento clínico é o mais adequado. Agora, quando as lesões se apresentam moderadas, a FFR consegue definir qual procedimento é o mais adequado: se a implantação do stent ou o tratamento clínico com medicamentos.

Todos saem ganhando com a adoção do FFR. Para o paciente, a técnica evita que ele seja submetido a uma intervenção desnecessária e os riscos naturais que implicam todo procedimento invasivo. Para o médico, a certeza de que está sendo adotado o tratamento mais adequado para cada caso. Para a operadora do plano de saúde, a redução de custos. Para o hospital, a segurança do paciente e a liberação de leito para que outros possam utilizá-lo.

“Apenas o Sistema Único de Saúde ainda não descobriu as vantagens do FFR, mas acreditamos que em breve também os pacientes do SUS serão beneficiados”, comentou Leilton Luna Jr., médico que acompanhou os primeiros exames experimentais há 13 anos na Hemodinâmica da Santa Casa de Maceió e que há dois anos realiza exames de FFR na instituição.

Nos últimos 30 dias, desde que as operadoras autorizaram o uso da FFR, dez pacientes já fizeram o exame no centro cirúrgico da Santa Casa de Maceió.