Dados do Ministério da Saúde apontam que taxa passou de 15,04 em 2014 para 14,45 em 2016
Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde (MS) apontam a redução da mortalidade infantil em Alagoas, que passou de 15,04 mortes para cada mil nascidos vivos em 2014 para 14,45 em 2016. Os resultados positivos são fruto da adoção do bem-estar das crianças alagoanas como diretrizes a atenção à saúde no governo do Estado.
Entre os investimentos realizados, está a reforma da Maternidade Escola Santa Mônica e a implantação do Serviço Estadual de Cardiopediatria. Isso representa que as ações realizadas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) resultaram em uma queda de 0,59 ponto percentual. Os dados do Ministério da Saúde apontam, ainda, que a redução da mortalidade infantil ocorreu nos dois anos da atual administração, caindo de 15,04 em 2014 para 14,66 em 2015 e 14,45 no ano passado.
Entre as crianças salvas graças a ações idealizadas pela Sesau, está o pequeno João Wellinton Santos, residente no município de Cajueiro e que tem apenas dois meses de vida. Acometido por atresia pulmonar, defeito cardíaco caracterizado pela má formação da válvula pulmonar, o bebê foi atendimento pelo Serviço Estadual de Cardiopediatria e passou por um procedimento cirúrgico corretivo.
Um mês após a cirurgia, ele está se recuperando bem, segundo a equipe multidisciplinar da Casa do Coraçãozinho – inaugurada pela Sesau, em dezembro do ano passado. “Nossa equipe teve que realizar uma comunicação da artéria aorta à circulação sanguínea pulmonar. Com isso, o bebê passou a receber sangue nos pulmões, o que vai contribuir para que ele cresça de forma saudável”, ressaltou o cardiologista José Wanderley Neto, responsável pelo procedimento cirúrgico.
O cardiologista, que atua no Serviço Estadual de Cardiopediatria, evidenciou que muitas crianças foram salvas desde a criação do serviço, contribuindo, assim, para reduzir a taxa de mortalidade infantil em Alagoas. “Até 2014, muitas crianças evoluíam para óbito ou tinham que acionar a Justiça para serem encaminhadas para outros estados, uma vez que nem a iniciativa privada possuía um Serviço de Cardiopediatria. Mas o Governo do Estado assegurou este serviço, permitindo que qualquer alagoano nascido com um problema grave no coração tem a chance de sobreviver”, destacou José Wanderley.
Direitos
Segundo a coordenadora da Rede Cegonha em Alagoas, Syrlene Patriota, o Estado também assegurou direitos importantes às gestantes. Além de ter um acompanhante durante o parto, foram garantidas boas práticas nas maternidades públicas e contratualizadas e a Sesau atuou para garantir que todos os bebês fizessem os testes do coraçãozinho e do pezinho.
]Para Jean Cleber Spricigo, diretor-geral da Santa Casa de Penedo, o acompanhamento da Rede Cegonha tem possibilitado melhorias na gestão das maternidades. “Nos casos de alto risco, a Rede Cegonha conseguiu, rapidamente, solicitar uma senha ao Cora [Complexo Regulador de Atendimento] para que fossem providenciadas ambulâncias do Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência], visando transferir essas gestantes. Uma melhoria e rapidez no atendimento a essas mulheres”, ressaltou.