A terceira edição do Fórum Braskem de Mulheres em Alagoas trouxe uma análise em perspectiva da inserção da mulher no mercado de trabalho para os Integrantes e Parceiros, homens e mulheres, que compareceram a unidade de Cloro Soda, na última terça (07). A palestra mostrou a evolução da presença feminina no mercado de trabalho desde a Revolução Industrial até os desafios da vida moderna. Foi abordado também a situação das mulheres que se veem pressionadas diante da escolha entre carreira ou família.
O que Ana Paula Vitelli, administradora formada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), tentou mostrar em sua palestra, foi que, esta escolha é uma falsa dicotomia, pois a mulher tem todo o direito de ter sua vida pessoal e profissional assim como os homens, e, ainda, caso opte por apenas um desses caminhos, não lhe cabe ter que justificá-las a todo momento às outras pessoas.
Desta forma, homens e mulheres , trabalhadores da Braskem foram convidados a uma reflexão e discussão sobre a importância da equidade de gênero no trabalho e na sociedade. No caso específico da empresa, foi apontado como os espaços industriais foram mudando com a chegada das técnicas, operadoras e engenheiras, desde o ambiente de convivência ao maquinário utilizado.
“Precisamos mudar a forma de olhar as dificuldades para não alimentar preconceitos. Se uma mulher não tem força para abrir uma determinada válvula, o problema está na válvula que não é ergonômica, e não na mulher. As atividades precisam ser adaptadas ao ser humano e não o contrário. E isso inclui a questão da maternidade. É preciso desenvolver condições para que a mulher possa se dedicar a família sem se afastar da carreira profissional”, afirmou Erik Nunes, engenheiro de processos da Cloro Soda, que participou pela primeira vez de um dos debates do Fórum.
Também engenheira de processos, mas veterana nas edições do Fórum, Adriana Araújo gostou das observações de Ana Paula Vitelli, em especial aquelas que despertaram a visão de cada um sobre como estamos hoje e como queremos estar no futuro. Há 14 anos na Braskem, ela recorda que quando começou seu trabalho na MVC, era a única mulher no meio dos colegas homens.
“A realidade das mulheres que trabalham na Braskem é diferente daquela apresentada no Fórum, pois estamos em um ambiente industrial, mais masculino, e isso é diferente até para os colegas homens. Mas fomos chegando para fazer o trabalho, depois foi aumentando o número de engenheiras, as operadoras foram chegando e todas mostrando seu valor. O ambiente foi mudando para nós e para os homens, porque a Braskem trabalhou para isso, e é algo que vai continuar acontecendo , não é algo mais que se possa impedir”, explicou Adriana.
Neste contexto, ela destacou ainda que a vida profissional não pode se colocar como um empecilho àquelas mulheres que desejem ser mães. “A mulher não tem que temer e deixar a maternidade de lado para prejudicar uma evolução na carreira.Ela tem direito à vida dela. Trabalhar dá autonomia e a possibilidade de contribuir com o que você sabe”, defendeu a engenheira de processos. É o desenvolvimento desta consciência que a Braskem vem propondo ao trabalhar o Fórum Braskem de Mulheres em todas as unidades do país.
O Fórum é umas das ações do Programa Mulheres na Braskem, que por sua vez foi construído com base em diagnósticos realizados com pesquisas, grupos de trabalho e eventos de discussão. Tais ações estão estruturadas em 4 pilares: Carreira da Mulher; Maternidade e Paternidade; Saúde e Segurança e Cadeia de Suprimentos.
Os objetivos do programa são promover a equidade de gênero por meio da igualdade de oportunidades e empoderamento da mulher, aumentar progressivamente o número de mulheres na liderança e promover um ambiente industrial mais inclusivo para mulheres.