Jorge Luz e o filho, Bruno, são apontados pela PF e pelo MP como operadores do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras. Ambos ficam presos até quinta em Brasília; depois, vão para Curitiba.
Os dois alvos da etapa Blackout da Operação Lava Jato presos em Miami, nos Estados Unidos, Jorge Luz e o filho dele, Bruno, chegaram na manhã deste sábado (25) a Brasília. O avião comercial que trouxe os dois pousou no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek por volta das 7h30.
Ambos desembarcaram e foram levados em carros da Polícia Federal para o Instituto Médico-Legal (IML). Após a realização do exame de corpo de delito, eles foram encaminhados para a Superintendência da PF em Brasília.
De acordo com a PF, Jorge e Bruno só serão levados à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba na quinta-feira (2) porque o valor das passagens aéreas é elevado nesta época de Carnaval.
Eles tiveram os nomes incluídos na lista de procurados da Interpol, a chamada Difusão Vermelha, e foram presos em Miami na sexta (24) após terem a prisão preventiva decretada na etapa da Lava Jato deflagrada na quinta (23). O advogado nega a prisão e afirma que eles viajaram espontaneamente para o Brasil.
A força-tarefa da operação apura o pagamento de US$ 40 milhões de propinas durante dez anos. Segundo as investigações, entre os beneficiários, há senadores e outros políticos, além de diretores e gerentes da Petrobras.
Jorge Luz e Bruno Luz são apontados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF) como operadores financeiros ligados ao PMDB no esquema de corrupção e desvio de dinheiro dentro da Petrobras.
Segundo a PF, os dois haviam omitido informações às autoridades americanas e também estariam irregulares no país. O advogado Gustavo Teixeira informou que Bruno Luz foi abordado pela polícia americana quando saía de casa, prestou esclarecimentos e informou que ele e o pai estavam com passagem de volta para o Brasil comprada.