Em “A força do querer”, a nova novela das 9, Juliana Paes dará vida a uma mulher que só entende o amor em temperatura máxima — ela abandona o noivo, Caio (Rodrigo Lombardi), para engatar uma relação com Rubinho (Emílio Dantas) em busca do frio na barriga. Mas, na vida real, a atriz, casada há oito anos com o empresário Carlos Eduardo Baptista, diz que aprendeu a valorizar a calmaria.
“Hoje em dia, não recebo flores toda semana como antes, mas tem outras coisas que vão compensando. Fazemos programas em família. Dudu é um super pai. A gente adora reclamar do bofe, mas se tem uma coisa que não posso reclamar é que ele não seja um bom companheiro e pai. No lugar do fogo, da paixão, entra uma grande amizade. Tem coisa melhor do que amar com intimidade?”, questiona a bela.
Mas nem sempre foi assim. Aos vinte e poucos anos, tomada por uma onda de questionamentos, Juliana lembra ter desabafado com a mãe, Dona Regina, sobre o fim do tal frio na barriga com um ex-namorado: “Não sentia mais aquele frisson, de querer me arrumar toda, e minha mãe explicou: ‘Oh minha filha, não é que que você não goste mais, é que já vão fazer três anos. Então, você não está mais sentindo aquela paixão e aquele fogo’. Demorei a entender”, gargalha ela.
Aos 37 anos e símbolo sexual há quase duas décadas, Juliana afirma não encarar a beleza como um fardo. Pelo contrário: usa roupas simples e anda de cara lavada para buscar os filhos na escola. “Me permito sair sem maquiagem, minha vida é normal. A gente só se embeleza um pouco mais para os eventos, é um carinho com o meu público. Não me coloco em pedestal. Me considero uma mulher como outra qualquer. Tenho meus dias de acordar com os olhos inchados, de estar me sentindo feia”, afirma.
A passagem do tempo para a atriz é encarada com tranquilidade: “Lido de uma maneira saudável. O tempo está sendo generoso comigo, não posso reclamar. Acho que nunca vou fazer plástica no rosto. Sou contra modificar feições, então, pretendo segurar o máximo”.
Mãe de Pedro, de 6 anos, e Antonio, de 3, Juliana Paes diz que, apesar de toda a correria por conta das gravações, dá conta dos dois papéis. Como toda mãe, porém, ela guarda uma dose de culpa ao sair para trabalhar. Para compensar a ausência, ela investe na qualidade na hora da convivência, como ensina os pedagogos.
“Tento fazer as refeições junto, olhar olho no olho. Não me conformo com essas coisas de estar na mesa com um joguinho do lado, assistindo televisão. Ipads e aplicativos lá em casa só aos fins de semana. Precisamos resgatar um pouco isso que a gente viveu na nossa geração”, opina.