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Membros de quadrilha de roubo de carga são presos ‘ostentando’ em Alagoas

Déborah Moraes / Alagoas 24 Horas

Delegada Maria Angelita

A Delegacia de roubos e furtos de veículos e cargas (DRFVC) apresentou na tarde desta quinta-feira, 23, quatro membros de uma quadrilha que efetuava roubos de carga de alto valor em Alagoas e levava um estilo de vida de ‘ostentação’, com veículos caros e viagens, pagos com o dinheiro fruto das ações criminosas.

Luciano Gomes Pereira, de 34 anos, que faria parte de uma facção criminosa e seria o líder da organização, foi preso junto com Maciel Silva dos Santos, de 29 anos, no início da semana, em em residência de sua propriedade na praia do francês. Já Paulo Roberto Santos Junior, de 30 anos e Alisson Clézio de Araújo Bezerra, conhecido como “Kel”, de 34 anos, foram presos em Arapiraca. De acordo com a polícia os quatro estariam ligados a pelo menos sete crimes acontecidos no Estado.

Luciano, que é paulista, tem envolvimento em diversos crimes de roubos, assaltos e homicídios, e teria, inclusive, participado do resgate de um reeducando do presídio de Montes Claros-MG, no último ano e abrigado-o em sua casa. De acordo com a polícia, ele seria o ‘cabeça’ por trás dos roubos e não participava pessoalmente das ações, mas era quem dava todas as diretrizes.

Déborah Moraes / Alagoas 24 Horas

Membros de quadrilha de roubo a cargas são presos em Alagoas (3)

Kel, Paulo Roberto e Maciel são alagoanos e trabalhariam para Luciano executando diversas funções, desde aliciar os caminhoneiros para fingir um roubo ou render os que não concordavam em participar, até encontrar galpões para guardar o material roubado e recrutar homens para ajudar no transbordo da carga.

O grupo agia pegando informações em São Paulo, de caminhões que sairiam para entregar cargas em Alagoas.

Déborah Moraes / Alagoas 24 Horas

Membros de quadrilha de roubo a cargas são presos em Alagoas (3)

Com os homens foram apreendidos dois carros de luxo, um no modelo Amarok, outro no modelo Lander Rover e um Jet Ski. A delegada explicou que apesar de não serem fruto de roubos, os itens, provavelmente, foram comprados com o dinheiro oriundo dos crimes.

A delegada responsável pelo caso, Maria Angelita, disse que a investigação vem sendo feita há cerca de dois meses, e ainda não acabou, e que como essas quadrilhas geralmente contém muitos membros, novas prisões podem ser efetuadas a qualquer momento.

“Hoje foi desarticulado o núcleo desta célula criminosa. O próximo passo da nossa operação consiste em saber de que forma eles conseguiam informações privilegiadas como, quantidade de produto, o valor no qual a mercadoria é avaliada e rota de transporte, o que facilitava a ação deles”, explicou.

Os presos serão indiciados por associação criminosa, roubo de cargas e, possivelmente, assim que mais provas forem apuradas, lavagem de dinheiro.