Descrição detalhada do roteiro padronizado para realização das atividades periciais forense está sendo apresentada por meio de grupo de trabalho
“Aperfeiçoar e evoluir para combater a criminalidade”. Partindo desse desígnio, peritos oficiais do Instituto de Criminalística de Alagoas criaram um grupo de trabalho para consultoria em áreas especializadas. O projeto, iniciado na tarde de hoje, 23, consiste em apresentações de temas e as diretrizes dos Procedimentos Operacionais Padrões (POP) que serão adotadas em locais de crime pelo órgão da Perícia Oficial do Estado.
De acordo com o coordenador do projeto, perito criminal Marek Ferreira, o projeto consiste na apresentação do POP e de uma minuta que servirá de parâmetro para o perito utilizar durante a realização do exame em local de crime. As consultorias serão realizadas a cada mês por um perito criminal especialista, mestre ou doutor em determinado tema.
As áreas de atuação foram definidas pelo grupo. Serão realizadas consultorias de perícias de explosões químicas, eletroplessão (cenas de crime provocado pela exposição do corpo a uma carga letal de energia elétrica com vítimas fatais). Também serão objeto de estudo as áreas de papiloscopia, genética forense, balística, morte violenta, toxicologia e documentoscopia.
“O perito consultor exporá para os demais peritos criminais uma base teórica e determinadas orientações para serem adotadas, tanto nas cenas do crime como na confecção do laudo pericial”. Explicou o coordenador.
A primeira apresentação foi realizada pelo perito criminal Gerard Deokaran, técnico explosivista. Em sua preleção ele falou sobre os efeitos de uma explosão, como ela acontece e os vestígios mais comuns encontrados e os procedimentos que o perito a partir de agora deverá adotar em locais de explosão.
“Nesse primeiro contato passei para o grupo como narrar todas essas informações no laudo pericial, comprovando cientificamente como ocorreu à explosão. Além disso, mostrei para eles, os tipos de vestígios que são importantes para a elucidação do crime, a identificação dos autores e a origem do artefato explosivo”, disse Deokaran.
Outra novidade do projeto inovador é que o consultor ficará responsável por desenvolver um trabalho continuado junto aos peritos criminais. E devido ao número escasso de profissionais, ele ainda poderá ser acionado para tirar dúvidas enquanto levantamentos em locais de crime, confecção do laudo pericial e também como revisor desse documento, quando o perito criminal achar necessário.