O deputado estadual Galba Novaes de Castro (PMDB) usou o regimento interno da Assembleia Legislativa do Estado para adiar a escolha do presidente de uma das mais importantes comissões da Casa, Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que ocorreria após a sessão ordinária desta terça-feira, 28.
Para justificar o pedido de adiamento, o deputado Galba Novaes destacou que o regimento é claro quando diz que, em casos de reuniões importantes, é necessário que haja convocação de parlamentares por meio de Diário Oficial do Estado (DOE). Por falta dessa convocação, o presidente em exercício da Casa, deputado Francisco Tenório (PMN), deferiu o pedido.
Até o momento, há dois parlamentares disputando, oficialmente, o cargo: Galba Novaes (PMDB) e Sérgio Toledo (PSC). No entanto, há membros da comissão que estão apresentando o nome do deputado Antônio Albuquerque (PTB) para a disputa. Além da definição sobre a presidência da CCJ, os parlamentares irão escolher os líderes de outras comissões da Casa, comumente importantes, a exemplo da Comissão de Orçamento e Finanças.
Com o adiamento, a escolha do presidente da CCJ será realizada nesta quarta-feira, 29, às 10 horas, durante reunião no prédio da ALE e a do presidente da Comissão de Orçamento ocorrerá após sessão ordinária.
Disputa pela CCJ
Para o então presidente da Comissão e candidato a reeleição, Sergio Toledo (PSC), o pedido de adiamento é uma forma de fazer campanha e ir conversando com os pares. Segundo ele, a comissão é uma das mais importantes da Casa e também uma das mais disputadas. Exigiria, por exemplo, experiência. Requisito que ele garante dispor. “É a principal condição a meu favor”.
O deputado Galba Novaes conversou rapidamente com a imprensa e destacou que já possui três, dos sete votos da comissão. Mesma quantidade apresentada pelo seu concorrente oficial.
Já o nome de Albuquerque surgiu através do deputado Francisco Tenório. Foi ele quem disse que o nome de AA é forte na disputa e pode ser escolhido na reunião que será realizada amanhã. Questionado, Albuquerque desconversou e disparou: “Sou advogado do consenso e que seja escolhido um nome entre os sete membros. Se a comissão me escolher porque não?”, cogitou.