Casos em investigação caíram quase pela metade e notificações descartadas quase dobraram.
O Ministério da Saúde divulgou novo boletim nesta sexta-feira (31) e confirmou 574 casos de febre amarela no Brasil. Os dados foram contabilizados do dia 1º de dezembro até esta quinta-feira (30). A doença causou 187 mortes em 91 municípios do país.
De acordo com os novos dados, as secretarias estaduais e municipais de saúde receberam 1.987 notificações: registros de pessoas com sintomas, mas sem a confirmação. Desde o último boletim, o Ministério havia informado que está fazendo uma força tarefa para atualizar o status dos pacientes.
Nesta sexta, o Ministério informou que 487 casos ainda estão em investigação – 614 casos foram solucionados em relação ao último boletim, uma redução de mais de 50%. Desta forma, 82 casos a mais foram confirmados e o número de descartados passou de 511 no dia 23 de março para 926 nesta sexta-feira.
Minas Gerais é o estado mais afetado pela doença desde o início do surto, com 422 casos confirmados. Em segundo lugar está o Espírito Santo, com 139 registros.
O Rio de Janeiro passou o estado de São Paulo no número de confirmações da febre amarela: foram seis casos, contra cinco em terras paulistas. O Pará também teve dois pacientes com a doença.
Doses da Vacina
Devido à alta procura pela vacina contra a febre amarela, o Ministério da Saúde estuda fracionar as doses para imunizar um número maior de pessoas com o mesmo número de doses, segundo o Bom Dia Brasil.
Pelo país, os repórteres do Bom Dia Brasil se depararam com filas nos postos de vacinação. E, em muitos postos, as doses estão acabando antes do previsto.
No Rio, a dona de casa Luciana Mattos está atrás da vacina para ela e a filha Clara, de dois anos, mas não está encontrando. “É o segundo posto hoje”, disse Luciana.
Por enquanto, não há confirmação de que a febre amarela tenha chegado às áreas urbanas, onde a transmissão iria ocorrer por meio do Aedes aegypti. Todos os casos ocorreram em áreas rurais, de mata ou silvestres, atingindo municípios do interior dos estados, de acordo com o Ministério da Saúde. Nessas regiões, os mosquitos que transmitem a doença são o Sabethes e o Haemagogus.
Sintomas
Os sinais e sintomas mais comuns da doença são: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos que duram, em média, três dias.
Nas formas mais graves da doença, podem ocorrer icterícia (olhos e pele amarelados), insuficiências hepática e renal, manifestações hemorrágicas e cansaço intenso.
E importante ressaltar que a vacina não é recomenda para pessoas com doenças como lúpus, câncer e HIV, devido à baixa imunidade, nem para quem tem mais de 60 anos, grávidas e alérgicos a gelatina e ovo.