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Sindicato cobra ação após morte de mulher em posto de gasolina

Ilustração

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O Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis de Niterói e Região (Sinpospetro-Niterói), que envolve 450 postos de gasolina de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá, Araruama e Iguaba Grande, no estado do Rio de Janeiro, informou que vai entrar ainda hoje (10) com ação no Ministério Público do Trabalho de Niterói contra o Posto Osório, no bairro Colubandê, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio.

Pedirá a realização de curso de capacitação previsto na Norma Regulamentadora 20 (NR 20) para os empregados do posto e a manutenção das instalações de distribuição de combustíveis da empresa.

O presidente do sindicato, Alex Silva, e o diretor Lucas Barbosa, visitaram o posto neste fim de semana, após acidente que matou, no sábado, Érica Lima e feriu o motorista, Jorge Siqueira, e um frentista. Outro frentista está em estado de choque, após uma explosão na bomba de combustível. A rede de Postos Osório já teve cinco acidentes nas bombas de combustíveis, disse Alex. O sindicato informou, também, que já fez denúncias anteriores contra o posto, tanto no Ministério Público do Trabalho quanto no Ministério do Trabalho, pedindo, por exemplo, a realização do curso de qualificação dos trabalhadores, previsto na NR 20, norma que estabelece os requisitos mínimos para a gestão de segurança e saúde no trabalho contra os fatores de risco de acidentes com extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis.Riscos iminentes

De acordo com o presidente do sindicato, além de não terem tido, ainda, curso de capacitação para saber como lidar nessas situações, os empregados trabalham sem equipamentos de proteção. “Na visita que fizemos ao posto neste fim de semana, nos surpreendemos com um frentista, sem camisa, limpando as canaletas da tubulação de GNV (Gás Natural Veicular) do posto, uma função que não lhe cabia”, afirmou.

Acrescentou que, por não terem feito o curso de capacitação, “os profissionais não sabem lidar com esse tipo de situação. A responsabilidade de contratação de uma empresa para qualificar os empregados é dos donos dos postos de combustíveis, eles não estão cumprindo a determinação trabalhista”, afirmou.

O acidente aconteceu na noite de sábado (8), às 21h30. O botijão de GNV explodiu quando Jorge Siqueira abastecia o carro e conversava, do lado de fora, mas próximo ao veículo, com Érica Lima, 27 anos, que aguardava no banco do carona. “As causas do acidente estão sendo investigadas pela Polícia Civil, mas o vídeo do momento do acidente mostra claramente que recomendações de segurança não foram observadas”, finalizou Alex Silva.