Ação, realizada pelo Ministério da Transparência e pela Polícia Federal, apura falta de estrutura de empresas para execução de acordos milionários
O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) deflagrou manhã desta terça-feira (11), em pareceria com a Polícia Federal Operação Primo Rico, em Alagoas. Três mandados de busca e operação estão sendo cumpridos nas cidades de Ibateguara. Mas as cidades de Messias e São José da Laje também são investigadas.
A Operação Primo investiga possíveis irregularidades em contratos de transporte, material de limpeza e gestão de serviços públicos entre prefeituras alagoanas e empresas. São investigados recursos de cerca de R$ 30 milhões, sendo R$ 18 milhões de origem federal.
De acordo com a operação, foram constatados indícios de irregularidades como: não existência de frota de veículos registrada como propriedade de empresa que oferecia serviço de transporte; inexistência de funcionários para executar gestão de pessoas; e venda de mercadorias a descoberto (sem aquisição de produtos em quantidade compatível com a venda). Os recursos investigados são das áreas de saúde e de educação, entre os anos de 2013 e 2016.
Além disso, há indícios de que os sócios-diretores e administradores das empresas possuíam ocupação e padrão de vida simples, incompatíveis com o faturamento milionário das entidades registradas nos próprios nomes. As prefeituras alagoanas envolvidas no esquema são: Ibateguara, Messias e São José da Laje.
A operação conta com a participação de cerca de 25 pessoas, entre auditores da CGU e policiais federais.