Fenômeno geralmente está relacionado à temperatura ou qualidade da água, mas as causas ainda não foram identificadas
Técnicos do Gerenciamento Costeiro do Instituto do Meio Ambiente (IMA-AL) identificaram, na manhã desta segunda-feira (10), durante ação de monitoramento, o branqueamento em uma parte considerável dos corais na Piscina do Amor, localizada na enseada da Pajuçara, em Maceió.
Segundo o coordenador de Gerenciamento Costeiro (Gerco), Ricardo César, o Instituto irá convidar especialistas da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) para trabalhar no diagnóstico da área. Ele disse ainda que o problema já foi percebido em outros recifes da enseada, mas a Piscina do Amor chama a atenção pelo tamanho da área atingida.
“Em toda minha carreira eu nunca havia presenciado um branqueamento nessas proporções naquela região”, afirmou.
De acordo com o coordenador do Gerco, o branqueamento ocorre quando algum estresse, geralmente relacionado à temperatura ou qualidade da água, faz com que os corais expulsem as algas microscópicas que vivem em simbiose com eles.
“Essas algas, chamadas zooxantelas, além de lhes darem as cores características, são sua principal fonte de alimento. Quando a água superaquece, esses organismos se deslocam, deixando os corais sem alimento e suscetíveis a doenças, levando muitas vezes a morte dos mesmos”, explicou.