Em vídeo gravado em seu gabinete na terça-feira (11) e enviado à sua lista de contatos pelo aplicativo WhatsApp, Jair Bolsonaro (PSC-RJ) zomba dos também deputados federais Carlos Zarattini (PT-SP) e Maria do Rosário (PT-RS), ambos delatados por executivos da Odebrecht e alvos de inquéritos autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Assista à “zuera” de Bolsonaro, mais uma vez ausente da lista de investigados – e leia em seguida o que pesa sobre os dois petistas.
Carlos Zarattini, líder do PT na Câmara, foi acusado pelos delatores Benedicto Júnior, Carlos Armando Guedes Paschoal, Luiz Eduardo da Rocha Soares e José de Carvalho Filho de ter recebido a soma de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais)em pagamentos efetuados no período de agosto a setembro de 2010, em troca de sua atuação em favor de medidas provisórias de interesse da empreiteira.
Maria do Rosário, codinome “Solução”, foi delatada por Alexandrino Alencar, conforme o seguinte trecho do documento oficial:
“Consoante o Ministério Público, após o colaborador informar que construiu uma sistemática de contribuição financeira a campanhas eleitorais com a finalidade de ter um bom relacionamento junto ao cenário político nacional, percebeu que a referida parlamentar era importante liderança política no Estado do Rio Grande do Sul. Nesse contexto, em 2010, foi procurado pela então candidata, prestando um auxílio financeiro no montante de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), pagamento efetuado pelo Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht e registrado no sistema ‘Drousys’ com a identificação da beneficiária com o codinome ‘Solução’. Não houve qualquer registro contábil do repasse financeiro.”