Um dia após ser mais contido durante uma entrevista, o volante Felipe Melo voltou a polemizar, mas dessa vez para se defender de ofensas racistas que disse ter ouvido durante a vitória do Palmeiras sobre o Peñarol, por 3 a 2, no Allianz Parque, pela Libertadores.
Segundo o jogador, o meio-campista Gastón Rodríguez, que fez o segundo tento do Peñarol, foi quem o ofendeu durante a partida em São Paulo.
“O tempo inteiro ele ficou me chamando de macaco. Macaco para lá. Macaco para cá. Se as câmeras de TV pegarem bem, acho que dá para ver ele chamando a gente de macaco. Eu sou preto mesmo. Acho que ele deve ter algum problema. A mulher dele já deve ter traído ele com algum negão. Não tem problema”, disse para o canal Premiere FC.
O volante não parou por aí. “Eu sou só um pouco mais escuro do que ele. Na época da escravidão, ele ia levar chibatadas também”, completou Felipe Melo.
Gastón Rodríguez não chegou a comentar a declaração do volante após o jogo.
Os uruguaios provocaram bastante Felipe Melo, que chegou a declarar no início do ano que para ter sucesso no Palmeiras ia fazer de tudo.
“Se tiver de dar porrada, eu vou dar. Se tiver de bater na cara de uruguaio, vou dar tapa na cara, porque isso faz parte da minha forma de jogar.”
Mas o jogador mostrou-se arrependido e pediu desculpas na véspera do jogo.
“Foi uma situação que aconteceu e já me desculpei para quem entendeu de forma errada. Não vou dar tapa na cara de uruguaio, nunca dei tapa na cara de ninguém na minha vida. Quis dizer que tem de dentrar duro, como é a Libertadores. O Peñarol é um time duro, aguerrido, uruguaio é assim. Se precisar entrar firme e tomar porrada, vamos tomar. Tem de ter responsabilidade para tudo. Estamos trabalhando e esperando um time muito aguerrido.”